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Legislativo

3 deputados do Paraná estariam reprovados se fossem alunos

Eles tiveram um porcentual de faltas na Câmara igual ou superior a 25% das sessões desde o início da legislatura

Confira a assiduidade nas sessões da Câmara de cada deputado federal do Paraná |
Confira a assiduidade nas sessões da Câmara de cada deputado federal do Paraná (Foto: )

Dos 30 deputados federais que compõem a bancada pa­­ranaense na atual legislatura, três tiveram um porcentual de faltas (justificadas ou não) igual ou superior a 25% das sessões da Câmara desde 2007. Se fossem alunos da rede de ensino, estariam reprovados por não comparecer ao número mínimo de aulas exigido por lei.O levantamento é da ONG Transparência Brasil e está disponível no site www.excelencias.org.br. O estudo levou em conta as sessões em que os parlamentares estavam aptos a acompanhar as discussões no plenário – ou seja, aquelas em que eles não estavam de licença ou que não poderiam participar por outro motivo.O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) é o parlamentar paranaense que mais faltou a sessões plenárias da Câmara Federal durante o atual mandato, que começou em 2007 e termina no fim deste ano. Das 488 sessões em que ele poderia participar, esteve presente em 349. Justificou 128 faltas e deixou sem explicação outras 11 – o que dá uma porcentagem de 28% de ausências. Rosinha diz que não concorda com o estudo e que iria conferir os dados com o setor administrativo da Câmara.

O segundo mais faltoso da bancada paranaense é o deputado Odí­lio Balbinoti (PMDB), que teve 26% de ausências. Balbinoti faltou a 140 das 523 sessões que poderia acompanhar. O deputado justificou 56, mas não conseguiu explicar porque esteve ausente em 84 sessões.

O peemedebista explica que tenta conciliar a vida política com a empresarial e que costuma fazer muitas visitas aos municípios do Noroeste do Paraná. "O meu eleitorado sabe dos meus negócios porque sou transparente. O mais importante é ser honesto e não meter a mão", afirma ele.

"Eu sou um deputado mais municipalista. Todo dia eu vou num município da região de Maringá para fazer reuniões com prefeito e veradores para ver a necessidade da cidade", diz Balbinoti. Segundo ele, devido a essas viagens, muitas vezes não tem tempo para voltar a Brasília. "Claro que se pudesse ir mais a Brasília seria melhor, mas não consigo conciliar tudo. Tem semana que a gente vai lá (em Brasília) e não faz nada", comenta.

O terceiro parlamentar paranaense com mais faltas é o petista An­­dré Vargas, que cumpre o primeiro mandato na Câmara Fe­­de­ral. De acordo com os números do le­­van­tamento da Transparência Bra­­sil, Vargas estava apto a acompanhar 392 sessões, mas faltou em 131 – sendo 105 justificadas e 26 não, um índice de 25% de ausências.

O petista considerou normal esse índice de faltas e explicou que passou por uma série de problemas de saúde. "Eu tive oito pancreatites (infecção no pâncreas). Algumas faltas eu consegui explicar para a Câmara, outras não porque são situações de emergência ou para fazer tratamento. É uma pena porque queria ter estado 100%. Mas não fiz por prazer", diz Vargas.

Apesar das ausências, diz o deputado, o trabalho parlamentar não foi comprometido. "Fui relator de três medidas provisórias e integrei duas Comissões Parla­mentares de Inquérito (CPI)."

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