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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Primeiras-damas alçam vôos maiores

Ter popularidade e personalidade. Saber se comunicar. E ter a sabedoria de diferenciar o trabalho na área social de assistencialismo. Essas são características essenciais a uma primeira-dama para que ela possa ajudar o marido na administração. Porém, há outro ingrediente fundamental: saber se afastar ou calar-se quando está aparecendo demais para não ofuscar o esposo.

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Ao que tudo indica, a grande adversária de Beto Richa (PSDB) nas eleições do ano que vem, quando o tucano deve tentar a reeleição à prefeitura de Curitiba, será a petista Gleisi Hoffmann. Esposa do poderoso ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), ela tem feito questão de aparecer na mídia para marcar presença. Mas alguns defensores de Richa e, principalmente os mais apaixonados por ele, consideram que Gleisi é apenas "fogo de palha". Esses aliados do atual prefeito, seja nos corredores da prefeitura ou em eventos na periferia, garantem que a única mulher que poderia derrotar Beto Richa é Fernanda Richa, a esposa dele.

O discurso, que se dá em tom de brincadeira, já foi escutado por muitos que circulam com o prefeito pela cidade. Quem acompanha uma audiência pública feita pela prefeitura nos bairros periféricos certamente vai perceber que Fernanda tem carisma. A primeira-dama é tão procurada quanto Beto pelos cidadãos, que levam a ela suas reivindicações.

Para os que acham que um dia Fernanda vai querer ser a Cristina Kirchner da capital paranaense, ela manda um recado direto: "O Beto pode ficar tranqüilo. Não tenho intenção alguma de derrotá-lo. Não tenho pretensão política". E também um recado indireto. "Não é (o fato de o adversário ser) mulher ou outra situação qualquer que vai derrotar um candidato ou um governante", afirma a primeira-dama. "Só se derrota um trabalho bem feito com outro trabalho bem feito. Acho que quem tem intenção de disputar uma prefeitura ou um governo tem de ter ações feitas, algum trabalho já executado para poder se credenciar a um cargo."

Presença

Fernanda, no entanto, está bem mais presente do que se imagina na administração de Beto Richa, embora negue qualquer participação em decisões políticas. Quem a vê de maquiagem delicada, calça jeans, blusa social de algodão, um leve suéter nos ombros para esticar quando a noite cai – esse é o modelito básico da primeira-dama no dia-a-dia com a população –, não sabe que ela está quase sempre com o marido. "Sou casada com o Beto há 22 anos. Sempre fizemos tudo junto. Nunca cada um foi para um lado. Onde posso, estou com ele", diz Fernanda, que se tornou uma primeira-dama popular.

Atualmente, ela preside a Fundação de Ação Social (FAS). "Não acredito que faço atuação política. Minha atuação é social e atendo às camadas mais carentes da nossa cidade." Mas, ao ser questionada sobre dar sugestões políticas ao marido, ela admite: "Conversamos muito em casa". E logo depois completa, dando a entender que Beto pode alçar vôos mais altos na esfera pública: "Não tenho nenhuma força política nas decisões dele, que é totalmente responsável pelos atos, tem total conhecimento do que faz e está muito preparado não só para administrar essa cidade, mas para outras situações também". Vale lembrar que nessas outras situações pode estar o governo do Paraná. Beto é cotado como um dos fortes candidatos ao Palácio Iguaçu em 2010.

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