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O traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadia, de 44 anos, vai passar 10 dias sem banho de sol e só poderá receber visita de advogados, que precisam fazer o agendamento. Abadia foi transferido sábado para o penitenciária federal do Mato Grosso do Sul, onde chegou com as mãos e os pés algemados e amarrados a correntes. Ele ficará no presídio por, no máximo, 2 meses, enquanto é analisado o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos.

Abadia teve a cabeça raspada, fez a barba, colocou o macacão de cor azul e ocupa agora uma das 208 celas individuais da cadeia. A visita de parentes depende de cadastramento prévio e eles passam por análise do Departamento Penitenciário Nacional.

Outros 59 detentos estão na penitenciária e todos têm o mesmo tratamento. Por medida de segurança, ninguém da penitenciária dá informações sobre a situação do colombiano dentro da unidade. Nem mesmo que cela ocupa e se ela fica próxima onde estão também o traficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e o assaltante José Reinaldo Girotti, mentor do assalto ao Banco Central de Fortaleza (CE) em 2005.

Juan Carlos Abadía e a mulher foram presos na luxuosa casa onde moravam, em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, na última terça-feira.

A PF chegou ao colombiano rastreando o seu patrimônio. A fortuna dele é estima em quase US$ 2 bilhões. A Polícia Federal continua fazendo buscas nos endereços do traficante no Brasil. No sábado, foi a vez de uma casa avaliada em R$ 3 milhões em uma das praias mais valorizadas de Florianópolis, em Santa Catarina. Lá, foram apreendidos passaportes venezuelanos e argentinos e 120 mil euros (mais de R$ 300 mil).

A transferência do colombiano foi pedida pela PF, que alegou questões de segurança para mantê-lo na carceragem ( PF não vai receber recompensa pela prisão ). As outras 12 pessoas que foram presas junto com ele permaneceram na carceragem da PF em São Paulo. Os nomes dessas pessoas continuam sendo mantidos em sigilo.

Sérgio Alambert, advogado de Abadía, disse que seu cliente quer ser extraditado o mais rápido possível para os Estados Unidos, pois tem muitos crimes cometidos naquele país e quer começar já a cumprir a pena. Abadía é acusado de 15 assassinatos. Na Colômbia, ele é suspeito de 300 homicídios.

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