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A Associação Comercial do Paraná (ACP) entregou ontem um pedido ao presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), para que os deputados estaduais não aprovem reajuste superior às perdas inflacionárias do último ano para o salário mínimo regional. A entidade, apoiada por outros órgãos patronais, argumenta que os valores praticados no Paraná, que hoje variam de R$ 663 a R$ 765, já representam as mais altas remunerações estaduais praticadas no Brasil e que o peso dos salários sobrecarrega o empresariado.

Na queda de braço entre as entidades trabalhistas e o setor patronal na discussão sobre o reajuste do salário mínimo paranaense, o governador Beto Richa disse ontem que vai defender o equilíbrio, atendendo aos desejos dos trabalhadores sem prejudicar os empresários. Não estaria nos planos de Richa acabar com a política de salário mínimo regional criada na gestão de Roberto Requião.

Vários são os porcentuais de reajuste defendidos como possíveis pelos envolvidos na negociação. A Força Sindical fala em 10% enquanto que o setor empresarial concorda apenas com aumento na casa dos 6%. O secretário estadual do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, acredita que será possível chegar a um índice na faixa de 7% a 9%, que agregaria as perdas inflacionárias e também algum aumento real. Ele acrescenta que, além do porcentual de aumento, outras garantias para os trabalhadores estão na mesa de negociação. Romanelli pondera que, diante da disputa em nível nacional, com o governo federal conseguindo impor apenas a reposição inflacionária, o debate sobre a possibilidade de ganho real fica fragilizado no Paraná. Contudo, ele avalia que o momento econômico, com praticamente pleno emprego e falta de mão de obra em alguns setores, está a favor do trabalhador.

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