O assassinato de um menino de 12 anos, ocorrido nesta segunda-feira, no Bairro da Velha Central, chocou Blumenau, no Médio Vale, em Santa Catarina. Gabriel Kuhn foi encontrado morto e com as pernas separadas do corpo, por volta do meio-dia, na casa de um vizinho. O suspeito é um rapaz de 16 anos que convivia com a família de Gabriel e com as outras crianças da rua. O crime teria sido motivado por uma discussão durante um jogo de computador.

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O suspeito, que prestou depoimento acompanhado do pai e do advogado da família, teria confessado o crime à delegada Rosi Serafim, responsável pelo caso. Durante uma discussão por causa de um jogo de computador, o adolescente teria estrangulado a vítima. Ao ver o menino de 12 anos desacordado, decidiu escondê-lo no sótão que fica a 1,80 metros do chão. Com o auxílio de uma escada, ele teria amarrado o corpo a um fio na tentativa de suspendê-lo.

- Como tava muito pesado, ele não conseguiu levantar. Foi aí que ele teria cortado as pernas para facilitar a remoção. Ele cortou as duas pernas com um faca e quando chegou na parte óssea, pegou uma serrinha - relatou a delegada.

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Segundo ela, a polícia coletou material para investigar se houve abuso sexual. A previsão é de que o laudo seja divulgado nos próximos 15 dias.

Depois de prestar declarações, o adolescente foi conduzido ao IML e em seguida apresentado ao Ministério Público. Após ouvir o suspeito, a promotora substituta da infância e juventude, Mônica Papst, solicitou a internação provisória do jovem. A Justiça acatou o pedido.

A família de Gabriel está inconformada com o crime. Ninguém compreende como o amigo de 16 anos pode ter tido coragem de matá-lo.

- Eles sempre brincavam juntos. Ele (o suspeito) estava sempre aqui em casa, brincando no computador com os meus filhos. A gente fica até na dúvida se é ele mesmo - desabafou o pai da vítima, Adelar Kuhn, 42 anos.

- O Gabriel sempre foi um menino bom. Eles só brincavam. Não dá para entender - lamentou a avó Dori Kuhn.

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Os vizinhos também se recordam das brincadeiras dos meninos na rua. Dolores Gonçalves, 61 anos, que ficou sabendo do crime pela TV, não acreditou que pudesse ser o rapaz de 16 anos.

- Alguma coisa errada aconteceu. Ele sempre ajudou os pais, era educado, quieto. Só fico pensando na dor das mães dessas crianças - conta.

A mãe do suspeito foi levada a Blumenau por familiares, ela estava na casa de amigos e mantinha-se à base de calmantes.