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O advogado da família do coronel assassinado Ubiratan Guimarães, Vicente Cascione, afirmou na tarde desta quarta-feira que a polícia já tem como provar que o crime foi passional . De acordo com o advogado, a arma utilizada para matar o coronel pertencia a ele e estava dentro da residência do coronel.

- Quem cometeu o crime já estava dentro do apartamento. Não há a menor dúvida de que a arma utilizada no crime era dele - afirmou o advogado.

Nesta quarta-feira, as duas mulheres que supostamente formam o triângulo amoroso que resultou na morte de Ubiratan Guimarães terão o sigilo telefônico quebrado a pedido da polícia. Além de Carla Cepollina, que depôs na terça durante 13 horas e voltou a depor nesta tarde, também será investigada a delegada da Polícia Federal no Pará Renata Azevedo dos Santos Madi.

A polícia espera anunciar o nome do assassino ainda nesta quarta-feira. O filho do coronel deve entregar esta tarde uma prova muito importante na identificação do criminoso. Os policiais já têm outras cinco provas que poderão levar ao autor do crime. Uma dessas provas, seria uma toalha de banho .

O nome da delegada Renata Azevedo foi incluido na trama da morte de Ubiratan por Liliana Prinzivalli, mãe de Carla Cepollina. Segundo Liliana, foi com Renata que o coronel teria brigado por telefone antes de morrer, cena presenciada por sua filha. Carla, namorada do coronel que se tornou conhecido pelo massacre no Carandiru , foi a última pessoa a ser vista saindo do apartamento do coronel no sábado.

- Minha filha não brigou. O coronel discutiu com uma mulher chamada Renata, que ligou para ele. Depois da discussão, ele desligou o telefone, mas a mulher ligou novamente e minha filha atendeu, porque ele disse que não atenderia. Ela disse à pessoa que ele não falaria porque estava dormindo. Minha filha também se irritou e discutiu com ela. Mas eles dois (Ubiratan e Carla) não discutiram - disse Liliana, que é advogada e acompanhou por seis horas o depoimento de sua filha nesta terça-feira, até passar mal e ser substituída por outro advogado.Reprodução TV GloboSegundo fontes da perícia, Renata havia mandado uma mensagem de texto para o coronel: "Já estou em São Paulo". Teria sido um telefonema de Renata o motivo de uma briga entre Carla e Ubiratan, que foi admita pela própria Carla em depoimento informal à polícia.

Nesta quarta, Carla Cepollina foi exonerada do cargo que ocupava no gabinete do coronel desde agosto passado. Ela não compareceu ao trabalho nenhum dia, mas teve presença atestada por Ubiraran.

Reportagem do jornal 'O Globo' conta que os peritos constataram sêmen nos órgãos genitais do coronel, o que indica que ele teve relações sexuais antes de morrer. No banheiro do apartamento, os policiais recolheram ainda uma toalha suja de sangue, que será submetida a exames para identificar de quem é o sangue, que pode ser tanto de uma mulher menstruada quanto do próprio coronel.

A calça que Carla usou no sábado, dia em que Ubiratan foi morto, foi entregue à polícia, mas foi lavada.

Em depoimento à polícia, Carla negou o crime e disse que amava Ubiratan e, portanto, não tinha motivo para matá-lo. Ela teria entregue também uma lista de supostos inimigos do coronel. As ligações telefônicas dos dois - Ubiratan e Carla - serão verificadas após a quebra de sigilo pedida pela polícia nas investigações. O promotor Carlos Talarico e o delegado Armando Costa Pinto, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disseram que Carla está sendo ouvida por enquanto como testemunha. Familiares e amigos do coronel pressionaram nesta terça para que 'saísse pelo menos uma prisão preventiva'.

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