O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), quando questionado pela reportagem sobre as 15 irregularidades apontadas pela ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Thereza de Assis Moura nas suas contas de campanha para a Presidência no ano passado, respondeu nesta segunda-feira, 31, que o que houve foram dúvidas, “em centenas de milhões de lançamentos.” E que os advogados do partido já estão “imediatamente” mandando as correções e justificativas.
“São coisas evidentemente formais. Não há nenhuma denúncia, diferente do que ocorre com as contas da presidente da República, que utiliza empresas fantasmas, pagamentos indevidos, se é correspondente à prestação de serviço”, comentou, em encontro do diretório mineiro tucano. “Não há investigação de contas do PSDB, como há para as contas da presidente Dilma Rousseff (PT)”, disse.
Sobre a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre disputar as eleições para presidente em 2018, Aécio declarou que é normal que o PT tenha candidato, que não cabe à oposição comentar nomes. “Mas é estranho e não usual, o partido lançar um candidato a nome de Presidência quando um governo ainda não acabou”, declarou.
Especificamente se vai concorrer com Lula em 2018, Aécio desconversou. “Primeiro lugar, tem que ver se eu serei candidato em 2018. Tive a honra de disputar em 2014, falando a verdade. Não vamos discutir quem será nosso adversário. Mas qualquer que seja o candidato do PT, o ciclo de governo deles terminou. Nas eleições municipais, o PT já sofrerá com a questão de sua incoerência”, falou.
O senador também comentou que é normal surgirem nomes dentro do partido para a disputa da presidência em 2018, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ou o senador José Serra (PSDB-SP). “O PSDB tem nomes qualificados. Mas mais que qualquer projeto individual, o partido tem responsabilidade com o Brasil”, ressaltou.
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