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Política

Aécio diz que Lava Jato deixa "muita gente sem dormir" em Brasília

Senador diz que novas prisões deixam escândalo ainda mais próximo do governo federal

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta sexta-feira (14) que a nova fase da operação Lava Jato, da Polícia Federal, está deixando "muita gente sem dormir em Brasília". Para ele, as novas prisões levam o escândalo para cada vez mais perto de dentro do governo da presidente Dilma Rousseff.

Aécio, que disputou e perdeu a eleição para a petista, falou sobre o caso em sua primeira agenda em São Paulo após as eleições.

Acompanhado do governador Geraldo Alckmin, que não falou sobre o caso, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ele disse que "cada vez é mais clara a percepção de que não havia um ato isolado de um ou dois dirigentes, mas uma estrutura" criminosa dentro da Petrobras.O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que concorreu a vice de Aécio, completou a frase do aliado com a seguinte expressão: "a casa caiu".

PPS

O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), afirmou nesta sexta-feira que os desdobramentos da Operação Lava Jato vão levar o "governo Dilma Rousseff à ruína". "Confirma-se uma previsão que ela não queria ver realizada: não vai sobrar pedra sobre pedra. Desta vez, ao contrário do que fizeram após o mensalão, será impossível reconstruir o castelo da corrupção", afirmou Bueno, em nota.

A sétima fase da operação, deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Federal, prendeu o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e outras 17 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. A ação atingiu grandes empreiteiras do País, como a Mendes Junior, Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão e UTC Constran.

Para Bueno, integrante da CPI mista da Petrobras, a ação também desmantela a manobra do Palácio do Planalto para impedir o avanço dos trabalhos da comissão parlamentar. "Operação desmoraliza a comando da CPMI da Petrobras, que se negou a votar convocação de ex-diretor preso nesta sexta-feira pela Polícia Federal. Quero ver o que o presidente e o relator vão falar na próxima semana", cobrou o líder do PPS, que é autor de requerimentos de convocação e quebra de sigilos de Duque e das empreiteiras investigadas no escândalo.

Na terça-feira, a CPI mista da Petrobras não apreciou os requerimentos contra Duque. Para o líder do PPS, a instalação de uma nova comissão parlamentar será "fundamental" para punir os políticos envolvidos no esquema. "A parte criminal está sendo realizada com eficiência pelo comando da operação Lava Jato. Cabe a nós, no Congresso, investigar em uma CPI os políticos e, após a conclusão das investigações, encaminhar os devidos pedidos de cassação de mandato para o Conselho de Ética", defendeu o deputado.

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