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Eleições 2014

Aécio usa vaga de vice para tentar tirar apoios do PT

Senador diz que PSDB não definirá chapa por enquanto porque vê chances de atrair novas siglas que hoje estão com Dilma Rousseff

Aécio Neves faz campanha em Minas Gerais: definição do vice ainda depende de alianças | Orlando Brito/PSDB
Aécio Neves faz campanha em Minas Gerais: definição do vice ainda depende de alianças (Foto: Orlando Brito/PSDB)

O senador Aécio Neves (PSDB) afirmou ontem que conta com "dissidências" de partidos da base aliada do governo para apoiar sua campanha presidencial. E, sem citar nomes, afirmou que a legenda não definirá o nome do candidato a vice-presidente na convenção nacional tucana marcada para hoje porque há "instabilidade em outras forças políticas" que podem aderir à sua candidatura.

"Podem esperar que teremos dissidências cada vez mais amplas por todo o Brasil e essas dissidências fortalecerão a oposição, porque ela representa o sentimento que é do brasileiros, de mudanças profundas", declarou o senador. Em evento do diretório tucano de Minas em maio, Aécio afirmou que poderia "conversar" com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meireles (PSD) sobre a vaga de vice caso seu partido deixe a aliança com a presidente Dilma Rousseff.

"Enquanto esse partido tiver uma aliança com o governo federal não cabe a mim fazer qualquer especulação. O que tenho visto é que tanto em relação ao PSD, quanto ao próprio PMDB, ao PP e vários outros partidos é que no âmbito regional a maioria dessas forças está se somando ao nosso lado, porque elas querem mudança", disse ontem o mineiro, segundo o qual há "vários nomes cogitados dentro e fora do partido" para a vaga de vice.

PSD

No caso do PSD, os tucanos pensam em conseguir a adesão do partido. Mas, se não for o caso, trabalham para que a legenda fique neutra em outubro. A ideia é convencer a sigla, que integra a base aliada do governo federal, a discutir formalmente a proposta da neutralidade na sua convenção nacional, que será realizada no final deste mês, em Brasília.

Para colocar o tema em debate, a estratégia dos tucanos tem sido a de aprofundar dissidências internas no PSD a exemplo do que aconteceu em estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro que, independentemente da posição nacional favorável a uma aliança com o PT, anunciaram apoio à candidatura de Aécio.

Em São Paulo, o senador tem usado a chance de o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) ser vice do governado Geraldo Alckmin (PSDB) para pressionar o PSD. Em Santa Catarina, o PSDB já indicou ao governador Raimundo Colombo (PSD) que pode apoiar a sua reeleição, e abrir mão de lançar candidatura própria, caso ele desista de apoiar a presidente. O esforço tem sido reproduzido nas últimas semanas por lideranças tucanas no Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.

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