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votação internacional

Aécio venceu o 2.º turno... no exterior

Tucano conquistou 77% dos votos dos brasileiros que vivem em outros países. Dilma obteve seus melhores desempenhos em Cuba e na Palestina

O senador Aécio Neves (PSDB) foi o vencedor do segundo turno da eleição presidencial na votação dos brasileiros que vivem no exterior. Entre os mais de 210 mil eleitores que votaram em seções eleitorais espalhadas pelo mundo no último domingo, Aécio foi escolhido por 77,02%.

Confira no mapa interativo como foi a votação em cada cidade do exterior

Aécio ganhou com mais de 65% dos votos nas dez principais cidades com votação no exterior – entre elas, Miami, Nova York, Boston, Washington, Lisboa e Madri. Em outras 40 cidades, venceu com mais de 80% dos votos. Em Port of Spain, capital de Trindad e Tobago, o senador obteve 100% dos votos – onde, apesar de 33 eleitores estarem cadastrados, apenas sete votaram.

Já Dilma Rousseff (PT), que venceu as eleições no Brasil com uma diferença de 3,5 milhões de votos, ficou com 22,98% dos votos do exterior e venceu em apenas 10 das 135 cidades de 88 países em que a Justiça Eleitoral brasileira tem representação. A maior vitória da petista ocorreu em Cuba, onde venceu o tucano recebendo 86,73% dos votos válidos. Dilma também foi a mais votada em Córdoba (Argentina), no Haiti, na Jordânia, em Cabo Verde, na Costa do Marfim, no Congo, na Eslovênia e nas Filipinas. Na cidade de Ramallah, na Palestina, Dilma teve 84,03% – sua segunda maior votação internacional. Já Aécio venceu em Telaviv, em Israel, com mais de 90% dos votos. Na cidade de Mendoza, na Argentina, a votação ficou dividida: Dilma e Aécio receberam 50% dos votos.

Classe média-alta

O cientista político Mário Sérgio Lepre acredita que o eleitor do exterior segue a mesma tendência do eleitorado brasileiro que vota tradicionalmente em candidatos do PSDB. Para o professor, a maioria dos brasileiros que mora fora do país são eleitores de classe média-alta que buscaram melhores oportunidades de vida. "É o mesmo estrato social que votou no Aécio no Brasil", diz.

Segundo Lepre, o eleitor do exterior mantém sua rede de conexão com o país e acaba acompanhando o voto dos amigos e familiares. Além disso, se informa sobre o país por meio da imprensa internacional. "As notícias acabam sendo as piores e isso influencia o eleitor, que pensa: 'Isso precisa mudar'."

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