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A Aeronáutica negou que os controladores de vôo tenham iniciado uma operação-padrão, que teria contribuído para o colapso da capacidade de controle do tráfego aéreo brasileiro. Em entrevista coletiva neste sábado, o diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Dcea), brigadeiro Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, disse que os profissionais estão operando dentro das normas internacionais, cuidando de, no máximo, 14 aviões ao mesmo tempo. Ele negou que os controladores tenham tomado a iniciativa de reduzir a quantidade de vôos sob supervisão após o acidente com o Boeing da Gol, em Mato Grosso, que matou 154 pessoas.

- Eu estou traumatizado com o acidente e os controladores também estão. Mas estamos trabalhando dentro do limite previsto. Um controlador pode eventualmente cuidar de 15 ou 16 vôos, mas são situações esporádicas e normais - disse Vilarinho.

O comandante disse que a situação foi provocada por uma série de fatores, entre eles o aumento do número de vôos de aeronaves de pequeno porte em função das eleições, a expansão da aviação comercial e do número de vôos, problemas meteorológicos e a perda de oito controladores, afastados temporariamente em função do acidente da Gol - uma medida de praxe em caso de acidentes aéreos. Com a sobrecarga do controle aéreo, os atrasos nas decolagens desde sexta-feira chegam a quatro horas.

- Para fazer frente a este congestionamento precisamos de mais controladores. Hoje, eles trabalham próximo do limite.

O brigadeiro informou que o centro de controle aéreo de Brasília, cuja sobrecarga resultou no colapso, receberá o reforço de controladores vindos de unidades da Aeronáutica de todo o país. Seis já chegaram à cidade. O Cindacta 1 controla o tráfego aéreo dos principais aeroportos do país, entre eles, Guarulhos, Congonhas, Galeão, Santos Dummont, Juscelino Kubitschek (Brasília) e Confins (Belo Horizonte).

Vilarinho disse que os atrasos continuarão nos próximos dias, mas ele espera que, a partir de segunda-feira, o tráfego aéreo diminua.

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