Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Nova malha aérea

Afonso Pena, que já opera no limite, vai centralizar vôos do Sul

Elton John participou do Viajazz Music Festival, em Madri, no início de julho | Sergio Perez-Reuters/Gazeta do Povo
Elton John participou do Viajazz Music Festival, em Madri, no início de julho (Foto: Sergio Perez-Reuters/Gazeta do Povo)

O anúncio do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que redesenha a malha aérea no Brasil coloca o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, numa posição estratégica. Pelo plano do governo federal, anunciado por Jobim nesta quinta-feira (2), caberá ao Afonso Pena ficar com as conexões dos vôos para o Sul do Brasil. O problema é que o aeroporto paranaense já opera no limite nos horários de pico.

Com a apresentação da nova malha aérea, o movimento de vôos no Afonso Pena vai aumentar. Daí a nova preocupação. Apesar de não quantificar, a assessoria da Infraero informou que as operações nos horários de pico, isto é, início dos três turnos (manhã, tarde e noite), estão no limite. Seria oportuno e viável que os novos vôos sejam programados para horários "mais tranqüilos" - fugindo do pico no fluxo.

Se assim vier, a assessoria da Infraero adianta que o Afonso Pena teria condições de acolher as novas rotas. Em caso contrário, a Infraero deve fazer um estudo para saber se o aeroporto tem capacidade para suportar os novos vôos. Tudo, por enquanto, está no campo da conjectura.

A assessoria da Infraero informou que existem passos burocráticos para que o Afonso Pena receba novos vôos. Um deles é a consulta por parte da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) à Infraero do Afonso Pena para saber das condições do aeroporto para receber novas rotas. Até as 18h desta quinta, a Infraero não tinha recebido qualquer tipo de consulta - e quando isso acontecer caberá ao superintendente Antônio Felipe Barcellos respondê-la para que as novas rotas sejam efetivadas.

Infraero confirma ampliação da pista para 2.590 metros

Se o aumento das rotas ainda está sendo discutida, a ampliação da pista do Afonso Pena já é uma realidade. Barcellos adiantou, em entrevista ao Paraná TV, que a pista do Afonso Pena será ampliada em 375 metros - vai passar dos atuais 2.215 para 2.590 metros. "Está se iniciando os estudos e, posteriormente, a execução da ampliação da pista para melhorar a performace na capacidade de cargas", disse.

A questão das cargas é uma reivindicação dos empresários. Ainda de acordo com o Paraná TV, as empresas paranaenses exportam por via aérea 14 mil toneladas de produtos por ano. Mas, por causa do comprimento da pista, apenas 4% disso saem do Paraná. O restante vai de caminhão para aeroportos de outros estados - principalmente São Paulo. O aeroporto de Guarulhos exporta 53% dos produtos produzidos no Paraná. Para o vice-presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Ardisson Akel, a construção da terceira pista resolveria este problema. Entretanto, uma nova pista está descartada por Barcellos.

Mais um dia de atrasos e cancelamentos no Afonso Pena

Alheios as mudanças do governo federal, os passageiros do Afonso Pena enfrentaram, novamente, transtornos nesta quinta-feira. Segundo dados repassados pela Infraero, até as 17h eram previstas 117 operações - entre pousos e decolagens. Onze vôos sofreram atraso superior a uma hora e outros 15 foram cancelados - sendo que a maioria tinha com destino a cidade de São Paulo.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.