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Pastas com suspeitas

Agricultura não terá “faxina”, diz ministro

Wagner Rossi diz que só há um caso pontual de irregularidade na pasta. PP manifesta solidariedade ao comandante do Ministério das Cidades

Romero Jucá: desculpas para a presidente Dilma Rousseff | Antônio Cruz/Abr
Romero Jucá: desculpas para a presidente Dilma Rousseff (Foto: Antônio Cruz/Abr)

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), voltou ontem a negar que haja um esquema de corrupção em sua pasta e descartou a necessidade de uma "faxina" no ministério, a exemplo do que está sendo feito nos Transportes. Segundo ele, houve apenas um "caso isolado de irregularidade" na Agricultura – praticado justamente por quem denunciou a suposta corrupção na pasta, o ex-diretor financeiro da Com­panhia Nacional de Habitação (Conab) Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Em entrevista à revista Veja, Jucá Neto disse que no Ministério da Agricultura "só tem bandidos" e acusou o ministro de comandar um suposto esquema de corrupção para abastecer cofres do PMDB e do PTB. Jucá Neto foi demitido da Conab na semana passada após ser acusado de liberar um pagamento irregular de R$ 8 milhões a uma empresa cujos sócios são laranjas.

O ministro disse que o irmão do líder do governo é um "despreparado, que tenta colocar todo mundo no mesmo saco". "Não há faxina ou crise. A única irregularidade detectada foi feita pelo Oscar. Es­­­tamos passando todos os pagamen­­tos em revista", disse o ministro.

Já o presidente do PMDB, Valdir Raupp, disse que a Conab poderia ser extinta. Segundo ele, a instituição perdeu funções e "ninguém perceberia" se deixasse de existir.

Cidades

Já o ministro das Cidades, Mário Ne­­­­gromonte, ganhou o apoio oficial da bancada do PP, seu partido. O líder do PP na Câmara dos De­­­­­putados, o paranaense Nelson Meu­­­­­rer (PR), emitiu uma nota em favor de Negromonte. "Os 44 deputados federais permanecem unidos em apoio à gestão, transparente e eficiente, delegada ao ministro Mário Negromonte", diz trecho da carta.

Reportagem da revista IstoÉ divulgada nesta semana mostra que o ministério libera recursos para obras classificadas como irregulares pelo Tribunal de Con­­tas da União. E que esses pagamentos beneficiam justamente empreiteiras que, juntas, doaram cerca de R$ 15 milhões em 2010 para campanhas eleitorais do PP.

O presidente do PP, senador Francisco Dornelles, também manifestou apoio ao ministro e disse que todas as doações recebidas por candidatos do partido não ferem a legislação eleitoral.

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