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Ameaçada, advogada de delatores da Lava Jato diz que vai abandonar profissão

Em entrevista ao ‘Jornal Nacional’, defensora afirma querer zelar pela segurança da família

“Vou zelar pela segurança da minha família, dos meus filhos. Decidi encerrar minha carreira na advocacia. Fechei o escritório”, afirmou a advogada | /
“Vou zelar pela segurança da minha família, dos meus filhos. Decidi encerrar minha carreira na advocacia. Fechei o escritório”, afirmou a advogada (Foto: /)

A advogada Beatriz Catta Preta, defensora de nove delatores da Operação Lava Jato, afirmou, em entrevista ao “Jornal Nacional”, da TV Globo, que pretende abandonar a profissão por se sentir ameaçada. “Por zelar pela segurança da minha família, dos meus filhos, decidi encerrar minha carreira na advocacia. Fechei o escritório”, afirmou a advogada, em entrevista que será exibida na noite desta quinta-feira.

Catta Preta comunicou, na semana passada, ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Federal Criminal do Paraná, que estava deixando os seus clientes. A advogada chegou a ser convocada para depor na CPI da Petrobras, para explicar a origem dos seus honorários. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entendeu a convocação como uma tentativa de intimidação. Nesta quinta-feira (30), no início da noite, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar para dar à advogada o direito de não responder a perguntas de integrantes da comissão.

Questionada sobre os honorários, a advogada disse que o valor não chega nem perto da metade de R$ 20 milhões - valor especulado por outros advogados -, e que todo o dinheiro que ganhou foi depositado em contas no Brasil.

Sem citar nomes, a advogada disse receber ameaças “de forma velada”. Segundo Catta Preta, tudo mudou quando ela foi convocada para depor na CPI da Petrobras. “(A intimidação) Vem dos integrantes da CPI”, disse a advogada na entrevista.

Catta Preta disse que as ameaças contra ela começaram após o consultor Júlio Camargo, em depoimento, afirmar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu pessoalmente a ele US$ 5 milhões em propina. “Sim, vamos dizer que aumentou essa pressão, aumentou essa tentativa de intimidação a mim e a minha família (após o depoimento de Júlio Camargo)”.

Catta Preta ainda informou ao Jornal Nacional que todos os depoimentos dados por Julio Camargo foram realizados com a apresentação de documentos e provas.

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