Atualizado em 29/12/2006, às 16h16
Apesar do plano de emergência montado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para acabar com os transtornos nos aeroportos na saída para o réveillon, os passageiros ainda enfrentam problemas. Pelo menos 20 vôos foram cancelados em vários estados, apesar de o governo ter anunciado na quinta que essa prática está proibida em todo o país.
No início da tarde, o movimento de passageiros era intenso no aeroporto de Congonhas, o mais movimentado do país, as não havia filas muito grandes no check-in e, segundo testemunhas, a situação na sala de embarque era tranqüila.
Houve alguns problemas entre 6h e 7h. Três vôos foram cancelados. Um chegaria de Londrina às 7h39m e os outros dois tinham como destino Rio e juiz de Em Cumbica, dois vôos foram cancelados.
Em Confins, região metropolitana de Belo Horizonte, houve seis cancelamentos. Mas a situação mais complicada é no Rio de Janeiro: até o início da tarde dez vôos foram cancelados, um no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim e outros nove no Santos Dumont.
Isso tudo acontece um dia depois da Agência Nacional de Aviação Civil proibir esse tipo de prática até o dia 2 de janeiro. A intenção é evitar todos os problemas que aconteceram na semana do Natal.
No entanto, a Anac só reconheceu, oficialmente, o cancelamento de quatro vôos, adiantando que as empresas não serão punidas porque os passageiros não foram prejudicados, pois foram colocados em outros vôos e seguiram as suas viagens.
A agência baixou uma portaria na quinta-feira proibindo o cancelamento de vôos até terça-feira, a chamada mudança de malha feita pelas companhias aéreas em casos de pouca procura por determinados vôos. O anúncio foi feito pelo presidente da agência, Milton Zuanazzi, depois de reunião com o ministro da Defesa, Waldir Pires, o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, e outras autoridades da aviação civil e da aeronáutica.
Na reunião, estabeleceu-se um plano de emergência que entrou em vigor a zero hora desta sexta-feira, para garantir a normalidade do atendimento nos aeroportos no ano novo.
Segundo Zuanazzi, o caos dos aeroportos no Natal, com filas e muitos passageiros sem embarcar, não se repetirá no feriado da passagem de ano.
- Todo mundo que tem um bilhete de vôo para os próximos dias vai viajar - garantiu. Zuanazzi disse ainda que ficou acertado com as empresas que todas vão operar com aviões e tripulação reserva.
As empresas se comprometeram a não vender mais bilhetes além da capacidade das aeronaves e, por isso, haverá uma redução no fluxo de passageiros de 20% em relação ao Natal. Conforme Zuanazzi, a TAM, que responde junto com a Gol por 82% do mercado doméstico, transportou na sexta-feira passada 79 mil passageiros.
Nesta sexta, a estimativa é de que a empresa embarque 65 mil passageiros.
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