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Articulação

Após a derrota na Câmara, Planalto busca reaproximação com o PMDB

Partido tem a segunda maior bancada da Câmara, com 66 deputados; ministro Aloizio Mercadante destacou independência entre poderes, bandeira defendida por Eduardo Cunha

Aloizio Mercadante, Eduardo Cunha, Renan Calheiros e o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, na abertura dos trabalhos do Congresso, nesta segunda-feira (2) | Agência Brasil
Aloizio Mercadante, Eduardo Cunha, Renan Calheiros e o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, na abertura dos trabalhos do Congresso, nesta segunda-feira (2) (Foto: Agência Brasil)

Um dia depois da derrota de seu candidato, Arlindo Chinaglia (PT-SP), na disputa pela presidência da Câmara, o Palácio do Planalto começou nesta segunda-feira, 2, a buscar uma reaproximação com o novo presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), e seu partido, o PMDB, detentor da segunda maior bancada, com 66 deputados.

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, negou o visível clima de ressaca e acenou ao PMDB, destacando a independência entre os poderes, bandeira defendida por Cunha durante seus dois meses de campanha.

"Esta é uma Casa política, tem votação, a gente ganha, a gente perde. O importante é manter o diálogo, a disposição de construção de uma agenda que o país precisa e, como os chefes de Poder disseram hoje, tem que respeitar a independência plena do Legislativo e a harmonia entre os Poderes", afirmou após as cerca de duas horas de sessão de abertura do ano legislativo, que não contou com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Mercadante negou que Cunha seja "desafeto" do Palácio do Planalto. Os dois cochicharam diversas vezes, enquanto o primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), lia a mensagem enviada por Dilma. O ministro disse ter trabalhado "muito bem" com o PMDB durante o primeiro mandato de Dilma.

"O PMDB foi muito importante, a liderança dele (Cunha), inclusive. Temos certeza de que vamos avançar nessa direção", afirmou o ministro. Mercadante disse que o PMDB "foi um partido fundamental" durante os dois governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro de Dilma e "continuará sendo" importante nos próximos quatro anos. "Às vezes, tem divergência na base. Faz parte da vida democrática. Mas você tem que superar com diálogo, com humildade, com a disposição de construir", acenou o ministro.

O Planalto conta com o PMDB para reunificar a base e não ser derrotado pela oposição em votações importantes para o governo como a reforma política, o veto presidencial que estabeleceu em 4,5% o porcentual de correção da tabela do Imposto de Renda, e a Medida Provisória que altera o PIS/Cofins sobre produtos importados, por exemplo.

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