
A popularidade da presidente Dilma Rousseff sofreu uma queda expressiva nas últimas três semanas, após as manifestações que ocorreram no país, informa uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada neste sábado (29). A pesquisa, publicada no jornal Folha de São Paulo, mostra que 30% dos brasileiros consideram a gestão de Dilma boa ou ótima, contra um percentual de 57% alcançado na sondagem anterior, divulgada na primeira semana de junho. Em março, melhor momento da presidente, o índice chegava a 65%.
Segundo o Datafolha, a perda de popularidade é a maior para um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que confiscou a poupança dos brasileiros em 1990. Naquela ocasião, a popularidade caiu de 71% para 36% - 35 pontos - entre março e junho.
O grupo de brasileiros que avalia a administração de Dilma como ruim ou péssima somou 25%, ante 9% na avaliação anterior do Datafolha.
Após o começo das manifestações, Dilma fez um pronunciamento na televisão e prometeu um pacto com governadores para responder aos protestos. Dias depois, propôs a realização de um plebiscito para a reforma política, que segundo o Datafolha tem a aprovação de 68% dos brasileiros.
A reação da presidente aos protestos ocorridos em todo o país foi considerada ótima ou boa para 32%; 38% avaliaram como regular, enquanto 26% julgaram ruim ou péssima. A perda de popularidade da presidente ocorre em meio à preocupação dos brasileiros com o desempenho da economia, diante de temores com aumento da inflação e desemprego.
Entre as principais demandas dos manifestantes estão mais recursos para a saúde e a educação, uma investigação dos gastos do governo para a realização da Copa do Mundo de 2014 e a saída de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado e do Congresso.
O Datafolha ouviu 4.717 pessoas entre quinta e sexta-feira em 196 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.



