Em depoimento nesta quinta-feira a promotores de Santo André (SP), o ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, conhecido como "Comendador Arcanjo", negou qualquer participação no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), em 2002.
Arcanjo prestou depoimento aos promotores Roberto Wider e Adriana Ribeiro Soares de Morais, em Cuiabá (MT).
No último dia 9, ele foi ouvido por uma comissão da CPI dos Bingos. Na ocasião, o ex-policial também negou envolvimento no crime. A comissão e os promotores investigam se Arcanjo era sócio de suspeitos de mandar matar o prefeito.
O nome dele surgiu após o depoimento de uma ex-cozinheira da Estância 21, Zildete dos Reis, ter afirmado que presenciou uma conversa entre Arcanjo e o homem acusado de ter matado Celso Daniel, Sérgio Gomes, conhecido como "Sombra". O depoimento da cozinheira foi confirmado por um ex-segurança do "Comendador", Joaci das Neves. Oficialmente ele declarou ter visto "Sombra" na mansão de Arcanjo.
À CPI, Arcanjo também negou ser dono de bingos e participar de esquema de lavagem de dinheiro.
Arcanjo foi preso em 2003 por ligações com o crime organizado. Ele foi condenado a 37 anos de prisão.



