Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
legislativo

As sete batalhas no Congresso que assombram o governo Dilma

Senado e Câmara Federal voltam do recesso com uma “pauta-bomba” que pode gerar mais gastos para o governo e pôr em risco o ajuste fiscal

A presidente Dilma, na reunião com os governadores, pediu que eles conversem com as bancadas estaduais no Congresso para desarmar a “pauta-bomba”. | Ueslei Marcelino/Reuters
A presidente Dilma, na reunião com os governadores, pediu que eles conversem com as bancadas estaduais no Congresso para desarmar a “pauta-bomba”. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Agosto é o mês decisivo para o futuro do governo Dilma Rousseff (PT). Pressionada nas ruas pelas manifestações convocadas para o dia 16, a presidente tenta desarmar pelo menos sete “bombas” no Congresso. A pauta, na visão da equipe econômica, vai definir o sucesso do ajuste fiscal.Para neutralizá-la, Dilma aproveitou o recesso parlamentar para atuar em diversas frentes. Na quinta-feira (30), prometeu liberar R$ 4,9 bilhões em emendas parlamentares e pediu socorro aos governadores, que prometeram conversar com as bancadas estaduais.

Veja quais são as votações previstas

A partir de segunda-feira (3), a estratégia será testada contra as movimentações dos presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Abertamente ou nos bastidores, ambos são contrários ao governo em todas as sete votações.

A ideia de contar com os governadores também tem alcance limitado – na prática, eles têm pouca influência nas decisões de deputados federais e senadores. “É o governo federal quem tem domínio da governabilidade no Congresso. Podemos sim conversar e mostrar o que está previsto nesse pacote de medidas, como os estados serão afetados. Mas se isso surtirá o efeito desejado é difícil prever”, avaliou o governador Beto Richa (PSDB), antes do encontro com Dilma.

Nas batalhas, Dilma tenta aprovar duas propostas que garantiriam R$ 27 bilhões a mais de arrecadação em 2015 (repatriação de recursos, desoneração da folha de pagamentos e mudança da meta de superávit), outra que garante flexibilidade na execução orçamentária (Desvinculação das Receitas da União). Além disso, luta para manter dois vetos (aumento para aposentados e servidores do Judiciário) e, por último, para derrubar uma proposta que muda o reajuste do FGTS.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.