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O servidor comissionado da Casa que soltou cinco roedores - dois ratos, dois hamsters e um esquilo da Mongólia - no plenário onde ocorre a CPI da Petrobras | /
O servidor comissionado da Casa que soltou cinco roedores - dois ratos, dois hamsters e um esquilo da Mongólia - no plenário onde ocorre a CPI da Petrobras| Foto: /

O assessor da Câmara dos Deputados detido sob a acusação de levar e soltar roedores durante sessão da CPI da Petrobras negou em depoimento à Polícia Legislativa ser o responsável pelo ato e disse que está sendo vítima de um equívoco.

Soltar ratos na Câmara foi ‘pilhéria’ e ‘brincadeira de mau gosto’, diz Cunha

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou “pilhéria” e “brincadeira de mau gosto” a atitude de um servidor comissionado da Casa que soltou cinco roedores - dois ratos, dois hamsters e um esquilo da Mongólia - no plenário onde ocorre a CPI da Petrobras nesta quinta-feira, 9. Após o episódio, Cunha exonerou o responsável pelo ato, Márcio Martins Oliveira, até então lotado na Segunda Vice-Presidência da Câmara.

“Já tomei as medidas que tinha de tomar. Não só exonerei o funcionário como também determinei as punições administrativas e as policiais. Ele foi autuado e vai ter inquérito, enfim, a legislação aplicada em seu extremo rigor”, afirmou o presidente. Segundo Cunha, Oliveira poderá ficar impedido de ser contratado pelo serviço público e também poderá ser condenado criminalmente por colocar a vida de terceiros em risco. O servidor nega a acusação e se diz alvo de um equívoco.

Cunha afirmou que caberá à Polícia Legislativa investigar se o servidor agiu a mando de algum partido ou parlamentar e também se serão alteradas as normas de segurança da Casa.

Márcio Martins Oliveira, assessor comissionado da 2ª vice-presidência da Câmara, foi liberado logo em seguida após se comprometer a se apresentar à Justiça quando convocado. Ele não falou com jornalistas.

Por determinação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele foi exonerado de suas funções. O segundo-vice-presidente da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR), afirmou que não tinha conhecimento do que seu funcionário faria e que repudia o ato.

De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, as imagens da sessão serão usadas na investigação e Oliveira deverá responderá por “tumulto em ato público -uma contravenção penal, ato considerado de menor poder ofensivo.”

Oliveira é servidor comissionado, ou seja, contratado por indicação política, ocupando a função de assistente de gabinete desde 9 de março, com salário mensal de R$ 2.300. Antes havia sido assessor do deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP).

Cunha também criticou a ação na CPI que ouvia o depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. “Essas coisas não combinam com o Parlamento, com a seriedade do trabalho que a gente quer fazer e está fazendo na Casa. Não pode uma CPI séria, ouvindo uma oitiva séria ter esse tipo de brincadeira”, afirmou.

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