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Veneri: erro de seu funcionário é “inaceitavel e injustificável”. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Veneri: erro de seu funcionário é “inaceitavel e injustificável”.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A Corregedoria da Assembleia Legislativa do Paraná abriu uma investigação para apurar a conduta do funcionário Roges Sezoski no dia dos confrontos entre a PM e manifestantes no Centro Cívico. Lotado na liderança da oposição, ele aparece em um vídeo gravado no 8.º andar da Casa, de onde arremessa o que seria um vaso de flor em direção a policiais da tropa de choque – ninguém foi atingido. Após o caso se tornar público durante a sessão desta segunda-feira (11), Sezoski pediu exoneração do cargo.

Corregedor do Legislativo, o deputado Missionário Ricardo Arruda (PSC) disse ter recebido as imagens por meio de uma denúncia anônima. Segundo ele, pelo menos três pessoas que testemunharam o episódio confirmaram que foi Sezoski quem jogou o vaso. Classificando a atitude “gravíssima” como “tentativa de homicídio”, ele deu a entender que a ação foi insuflada pelos discursos da oposição contra o projeto do Executivo que reformou a Paranaprevidência.

“É preciso cautela com o que se fala da tribuna. Eles [oposicionistas] falaram muito repetitivamente antes e no dia da votação. A política mexe com os ânimos, e esse funcionário tomou as dores, o ódio [contra o governo]”, afirmou Arruda. “O [deputado] Tadeu Veneri fala tanto em direitos humanos, por isso é bom que ele saiba quem está do lado dele.”

Questionado se a PM teve cautela nos atos em frente à Assembleia no dia 29, o parlamentar do PSC reconheceu que não, mas defendeu que toda ação tem como resultado uma reação contrária.

Responsável pela indicação de Sezoski, Tadeu Veneri (PT), que é líder da oposição e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, reconheceu o erro do funcionário, que classificou como “inaceitável e injustificável”. Mas ele fez questão de ressaltar que Sezoski é uma pessoa séria, leal e responsável. Defendeu ainda que apenas a planta – e não o vaso – foi atirada. “Conheço ele há mais de 30 anos. Não há nada que o desabone, mas ele achou por bem pedir a exoneração”, afirmou. “Ele ficou muito incomodado com o que viu na hora [dos confrontos]. Não tinha intenção de acertar ninguém.”

Em relação à acusação de que seus discursos teriam ajudado a causar os confrontos, Veneri disse que a oposição fez seu papel sem se omitir, ao contrário de alguns deputados que ficaram no plenário sem ter ideia do que ocorria lá fora.

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