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OPERAÇÃO PUBLICANO

Auditores fiscais doaram à campanha de Beto Richa, diz jornal

Levantamento da Folha de S. Paulo mostra 291 dos 933 auditores do estado fizeram doações a Richa e aliados

Campanha de reeleição de Beto Richa e de 25 aliados receberam cerca de R$ 1 milhão em doação individual de auditores | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Campanha de reeleição de Beto Richa e de 25 aliados receberam cerca de R$ 1 milhão em doação individual de auditores (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Auditores fiscais do estado doaram cerca de R$ 1 milhão à campanha de reeleição do governador Beto Richa e a outros 25 aliados no ano passado. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, dos 933 auditores fiscais da Receita Estadual, 291 contribuíram com o caixa eleitoral de Richa e aliados. Destes, 219 foram promovidos em maio, pouco antes do início da campanha. A maioria foi beneficiada com o teto da categoria, de R$ 30 mil. Todas as doações foram registradas legalmente pela Justiça Eleitoral.

Diversos auditores fiscais estaduais estão sendo investigados na Operação Publicano, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sob suspeita de cobrarem propina de empresários para reduzir ou anular dívidas tributárias.

Um deles, o ex-inspetor regional de fiscalização Luiz Antônio de Souza, revelou que 10% da propina arrecadada em Londrina era levada para a capital em malas ou amarrado ao corpo do transportador, em carros ou em aviões. O ex-inspetor firmou acordo de delação premiada com o Gaeco.

Segundo o advogado Eduardo Duarte Ferreira, que defende Souza, o próprio cliente admitiu ter feito esse serviço. Os destinatários seriam superiores hierárquicos dos auditores fiscais. O advogado também disse que o padrão de corrupção verificado em Londrina se repetia em outras delegacias da Receita Estadual em todo o Paraná.

Primeira-dama

O Ministério Público investiga uma denúncia anônima que afirma que a primeira-dama do estado, Fernanda Richa, teria exigido propina de auditores fiscais da Receita Estadual para que o governador Beto Richa (PSDB) assinasse um decreto de promoção da categoria.

Em nota, Fernanda negou a denúncia e criticou o fato de uma acusação anônima ter sido divulgada. “A calúnia contra a minha pessoa é uma injustiça que poderá ser praticada amanhã ou depois contra qualquer pessoa inocente. A minha história de vida pessoal familiar e social sempre foi devotada, apesar de sacrifícios e renúncias, ao interesse público desde quando meu marido foi candidato a vereador de Curitiba”, disse.

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