O verão ainda não terminou e o Brasil já registra um número alarmante de casos de dengue. Só este ano, são 67 mil pessoas infectadas, muitas delas com a pior forma da doença, que é a hemorrágica. Quatro cidades do Noroeste de São Paulo concentram 40% dos casos de dengue no estado. Em Birigui, a produção de calçados foi prejudicada porque mil funcionários das indústrias ficaram doentes.
No estado vizinho, Mato Grosso do Sul, há epidemia de dengue em Campo Grande, com mil notificações por dia. Oito pessoas já morreram. No Maranhão foram quatro mortes.
No Pará, são mais de sete mil casos este ano. Número próximo ao registrado em todo o ano passado. Os agentes de saúde nem sempre conseguem entrar nas residências e aplicar o veneno que mata as larvas do mosquito. E o clima também não ajuda. É período de chuvas na Amazônia.
As autoridades de saúde estão preocupadas principalmente com a dengue hemorrágica - a forma mais grave da doença. Oito casos já foram confirmados no estado, quatro em Belém onde duas pessoas morreram.
Além de febre e dor de cabeça, o doente ainda apresenta outros sintomas.
- Podem surgir sinais de alerta como sangramentos de pele, de nariz, na gengiva - alerta Rita Medeiros, médica infectologista.
No domingo, a pediatra Luciana Aleixo viu o único filho morrer de dengue hemorrágica. Felipe tinha apenas 6 anos. A mãe faz um apelo à população.
- Tem que fazer a vigilância dentro da sua casa , usar repelente nos seus filhos. É muito mais importante a colaboração de cada um nas suas residências do que talvez até o próprio agente de saúde ir em casa procurar, é a prevenção evitar a água parada realmente - diz Luciana.
Até o dia 24 do mês passado, o Ministério da Saúde registrou 47 casos de dengue hemorrágica.
