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Um relatório do Banco Mundial publicado esta semana diz que a água captada na integração das bacias do rio São Francisco às do nordeste setentrional, a chamada transposição, "é insignificante em comparação à disponibilidade hídrica do rio" e confirma que parte dos bombeamentos das águas ocorrerá em períodos de excedente hídrico.

O relatório diz que o projeto "apresenta méritos inegáveis, principalmente quando considerados na escala temporal de longo prazo" e observa que ele "foi analisado por equipes nacionais e internacionais, como o US Bureau of Reclamation, não havendo questionamentos ao projeto de engenharia no que diz respeito ao seu arcabouço físico e ao dimensionamento dos seus equipamentos, canais e outras estruturas".

No entanto, os técnicos do Banco Mundial responsáveis pela elaboração do relatório, intitulado "A Questão Hídrica do Nordeste e Oportunidades de Transferência de Água" levantam algumas dúvidas sobre a viabilidade do empreendimento, cujo objetivo é o de oferecer segurança hídrica a uma população estimada, para o ano de 2025, em 12 milhões de habitantes das pequenas, médias e grandes cidades daquela região. Uma das dúvidas refere-se ao custo da água que será cobrado.

Segundo o Ministério da Integração Nacional, por ter sido elaborado antes da conclusão dos estudos da Agência Nacional de Águas (ANA) para a concessão da outorga definitiva de uso da água e da emissão do certificado de sustentabilidade hídrica do projeto, o relatório omite a recente adesão dos governadores dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará ao pacto pela sustentabilidade operacional do projeto.

O coordenador geral do projeto São Francisco, Pedro Brito, disse nesta sexta-feira que o pacto de sustentabilidade prevê o pagamento pelo uso da água bruta garantida a um custo infinitamente inferior ao cobrado nos tempos de escassez.

- Nas épocas de seca, o preço da água, no semi-árido, chega a até R$ 5 por metro cúbico. O custo da água do projeto São Francisco será de, apenas, R$ 0,13 (treze centavos). Os custos de operação e manutenção do projeto foram minuciosamente identificados e calculados, assim como os critérios de rateio dos mesmos, que foram pactuados pelos governos dos estados receptores - afirmou.

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