
Ao menos cinco projetos que são bandeiras da gestão do prefeito e candidato à reeleição Gustavo Fruet (PDT) começarão a sair do papel apenas no final deste ano. Eles devem ser colocados em prática pelo próximo prefeito de Curitiba (seja ele o próprio Fruet ou não) a partir de 2017. Entre os projetos, estão ações que tem tudo a ver com o discurso do prefeito de incentivo a modais alternativos de transporte, como o bike-sharing (compartilhamento de bicicletas) e o car-sharing (compartilhamento de veículos elétricos).
Além destes dois projetos, há ainda uma herança que exigirá a atenção do próximo gestor municipal, um novo modelo de gestão do lixo, e um projeto demandado há tempos pela população, a revitalização da Avenida Manoel Ribas.
Existe também outros projetos que não fazem parte das bandeiras de Fruet, mas que ficarão para o próximo prefeito colocar em prática, como a nova licitação de radares da capital e o término da Linha Verde.
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Conheça alguns dos projetos que ficarão nas mãos do próximo prefeito
Prorrogada pela segunda vez, a Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para três linhas de eletromobilidade da capital termina dia 30 de setembro, próxima sexta-feira. Essa etapa tem sido utilizada por gestores como uma espécie de pré-edital, no qual o mercado aponta a viabilidade técnica do projeto e caminhos para o edital definitivo. As soluções mais comuns nesse campo têm sido de Veículos Leves Sobre Trilhos (VLT) ou Pneus (VLP). A consulta foi aberta para as seguintes rotas: uma rota livre (sugestão), linha CIC à Estação Centro de Feiras, no Parque da Imigração Japonesa (ou até o Aeroporto), Barreirinha até a Marechal Floriano, Aeroporto ao Centro Cívico e Atuba até o Tatuquara. Após o final da PMI, a área técnica do município deverá analisar as propostas como base para o lançamento de um edital de licitação. A expectativa da atual gestão é de que o edital seja lançado até o final do ano. Vale lembrar que a existência da PMI não é garantia da execução do projeto. A PMI do metrô, por exemplo, outra bandeira do Fruet, selecionou um dos quatro projetos apresentados em 2013. E agora o metrô não é mais a prioridade do plano de governo do prefeito.
A prefeitura informou, nesta segunda-feira (26), que deve começar em 2017 a obra. É considerada pelo próprio prefeito como uma das obras mais importantes para a cidade. O edital de licitação para a contratação da empreiteira responsável foi publicado na semana passada. A obra pretende contemplar um trecho de 3,2 km entre o Contorno Norte e a Rua Madre Clélia Merloni. A revitalização é financiada parte pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), parte pelo tesouro municipal.
Na próxima quinta-feira (29), termina o prazo para que a concessionária que demonstrou interesse em gerir o sistema de compartilhamento de bicicletas, o bike-sharing, comprove que possui o know-how necessário e a tecnologia adequada para oferecer o serviço. Se a documentação estiver em dia e os protótipos forem aprovados pela comissão de licitação, até o final do ano o projeto pode começar a sair do papel. A previsão da Urbs é de que a primeira etapa do projeto seja implantada em janeiro. Nesta fase, a empresa contratada deverá montar as primeiras 25 estações e disponibilizar 180 bicicletas.
Edital está marcado para ser aberto até dezembro. Se tudo correr bem, Curitiba pode ter 50 carros elétricos em suas ruas, livres para serem compartilhados, até o fim de 2017 - o prazo inicial era 2016. Duas empresas apresentaram estudos de viabilidade para o car-sharing (ou “compartilhamento de carros”), em resposta ao PMI aberto pela prefeitura. O sistema foi pensado para se conectar com outras formas de transporte. O trajeto de casa até a estação, por exemplo, poderá ser feito de bicicleta e, de lá, o sujeito pegará o carro até o próximo ponto, próximo ao seu trabalho. Outra opção seria usar o veículo público para ir ao mercado e não precisar carregar as compras.
O prefeito Gustavo Fruet tem dito que pretende lançar o edital do novo modelo de gestão do lixo até o final deste ano. Mas, definições sobre o tratamento do lixo e de destinação para aterro devem acontecer somente em 2017. Por ser um edital internacional, ele terá 120 dias de duração. A prefeitura pretende implantar o modelo MBT, sigla em inglês para Tratamento Mecânico e Biológico. Também chamado de biossecagem, será um sistema de separação do lixo recolhido.
Edital para compra de 63,4 mil placas de ruas para Curitiba deve ser lançado nesta semana. É uma nova tentativa para abrir concorrência deste serviço. O primeiro não teve interesse de nenhuma empresa em janeiro. A contratada deverá fornecer, instalar, conservar e manter o sistema de nomenclatura das ruas e praças da cidade.
A prefeitura de Curitiba estuda a abertura de um edital para contratação do serviço de radares para cidade. O tema deve ganhar fôlego em 2017. Ainda, segundo a Secretaria de Trânsito (Setran), não há previsão para publicação do edital. O próximo prefeito de Curitiba terá de tomar uma decisão: manter o contrato atual dos radares das vias da cidade com a Consilux ou chamar um edital para a contratação de uma nova empresa para prestar o serviço. E a conta para um novo contrato pode chegar a R$ 1,6 milhão por mês. Atualmente o serviço é prestado por meio de encampação, deixando a Consilux prestando o serviço “por força do interesse público”. Atualmente o município gasta R$ 464 mil pela cessão e manutenção de 230 equipamentos, dos quais 26 redutores de velocidade, 62 radares de trecho e 142 radares de cruzamento.
Colaboração Raphael Marchiori e Katia Brembatti.



