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Banqueiros suíços vão depor no Brasil nos próximos dias, na tentativa da Justiça de decifrar qual a participação dos bancos UBS e do Credit Suisse na suspeita de evasão de milhões de dólares do País. O Ministério Público também investiga lavagem de dinheiro e envolvimento de doleiros nas operações dos bancos.

Na Suíça, o governo promete não se intrometer no caso. "Se pessoas cometeram crimes, precisam ser levadas às cortes", afirmou o presidente suíço, Hans Rudolf Merz. "O Brasil é um estado de direito e não haverá uma interferência política de nossa parte.

Segundo as investigações da Operação Kaspar e da Operação Suíça, mais de US$ 1 bilhão foram levados do Brasil aos bancos suíços. As gerências dos bancos, em Genebra, rejeitam a acusação e afirmam que não trabalham com doleiros. Mas tanto e-mails entre a gerência e os banqueiros e mesmo informações de pessoas próximas do processo confirmaram que os doleiros faziam as transações dentro dos próprios escritórios dos bancos suíços em São Paulo.

Segundo fontes próximas no setor financeiro, na maioria das vezes os encontros com os banqueiros suíços se realizam nos grandes hotéis de São Paulo, Rio e Brasília. Eles oferecem todas as facilidades, vêm com formulário de abertura de contas, propostas de aplicações, colhem assinatura e pronto: a conta secreta na Suíça está aberta. São, para a Justiça, espécies de "mulas financeiras".

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