
A Promotoria Eleitoral denunciou o prefeito de Londrina, Barbosa Neto, e o PDT municipal, partido que agora ele preside, por propaganda eleitoral antecipada. A ação teria se configurado durante o ato de desagravo ao prefeito realizado pelo partido na Praça Rocha Pombo, na última segunda-feira. A Promotoria pediu que a Justiça aplique duas multas entre R$ 5 mil e R$ 25 mil. O juiz eleitoral Paulo César Roldão deu 48 horas para que o prefeito e o PDT apresentem explicações antes de decidir se aplicará as multas.
Na representação encaminhada ao juiz, a promotora Maísa Aparecida de Araújo afirma que o evento convocado como uma resposta pública do PDT de Barbosa contra as denúncias de corrupção na prefeitura de Londrina "possuiu evidente natureza de propaganda antecipada irregular, na forma de comício e colocação de bandeira do partido". Segundo a promotora, o ato foi uma clara "infração à legislação eleitoral" provocada durante "inegável comício visando promover a candidatura do prefeito".
Para a promotoria, Barbosa está diretamente implicado na organização do ato para propaganda eleitoral fora de época porque "além de ser o presidente do partido, discursou e presenciou falas proferidas por seus correligionários". Durante o evento, o presidente nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi, e partidários de Barbosa atacaram a imprensa, adversários políticos e o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O Gaeco foi o responsável pelas investigações que levaram assessores de Barbosa para a prisão por suposta compra de apoio político.
A reportagem não conseguiu falar com o prefeito sobre o caso. A assessoria de comunicação da prefeitura também não respondeu aos pedidos de retorno às ligações.



