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O ministro da Saúde, Ricardo Barros | Henry Milleo/Gazeta do Povo
O ministro da Saúde, Ricardo Barros| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Mentor e principal articulador da candidatura de Cida Borghetti (PP) ao governo do estado em 2018, o marido dela e ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), afirma que nada vai alterar o projeto do seu grupo político de disputar o Palácio Iguaçu. Nem mesmo a intenção do governador Beto Richa (PSDB) de concluir o mandato e não disputar o Senado no ano que vem. Nesse cenário, ele não precisaria renunciar ao cargo por exigência da Lei Eleitoral e, por consequência, Cida não assumiria a chefia do Executivo por nove meses, como já era dado como certo.

À Gazeta do Povo, Barros disse que a eventual permanência de Richa no cargo não afeta as estratégias de lançar Cida como candidata a governadora. Ao contrário disso, segundo ele, quem terá prejuízo é o próprio tucano, que abrirá mão de disputar o Senado. “O PP manterá o seu projeto integralmente, até porque, se o Beto não sair do governo, o quadro de sucessão não muda. Muda, sim, para o Senado”, argumentou. “Estamos muito satisfeitos com o trabalho da Cida, que tem sido excelente. E ela continuará dessa forma até a eleição, seja como vice ou como governadora.”

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O próprio Barros, porém, admitiu que essa mudança inesperada de rumo poderia levar o PP a lançar outro candidato no lugar de Cida – incluindo ele mesmo. “Se a Cida não assumir [o Executivo], teremos liberdade para disputar o que quisermos. É uma possibilidade eu disputar o Senado, disputar o governo do estado. O quadro fica liberado, com ampla liberdade de alternarmos”, afirmou. “Mas hoje, eu estou candidato a deputado federal, a Maria Victoria [filha do casal] a estadual e a Cida a governadora.”

Outra possível consequência da não renúncia de Richa envolveria uma nova composição de alianças para a próxima eleição. Aliados do tucano não escondem ter restrições com o grupo político liderado por Barros e, por isso, preferem apoiar a candidatura do ex-senador Osmar Dias (PDT). Isso, no entanto, poderia empurrar o PP para os lados da oposição, muito provavelmente num acordo com a ala do senador Roberto Requião (PMDB). “Evidentemente, devido à parceria estabelecida com o governador, ele saindo ou não, nossa lógica determinaria que ele permanecesse com o grupo que nos levou ao governo. Isso é o que esperamos”, declarou o ministro da Saúde. “De outra forma, nós é que ficaríamos liberados para outra aliança decorrente da decisão que ele [Richa] tomar.”

Possibilidade surpreendente

Na tarde da última segunda-feira (16), Richa manifestou a deputados da base aliada a intenção de não disputar o pleito de 2018. O objetivo seria se manter no cargo até o fim para terminar o mandato em alta, podendo, assim, eleger o sucessor.

Apesar de ter estado com o tucano no mesmo dia pela manhã, Ricardo Barros afirmou que eles não conversaram sobre o assunto. “Estivemos juntos e ele [Richa] não se manifestou sobre isso. Evidentemente, o mandato é dele. Nosso grupo político participou da campanha e cooperou com a vitória ao governo. Temos a vice como representação. É o que nós temos hoje.”

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