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Brasília - O líder do governo na Câmara Federal, deputado Henrique Fontana (PT-RS), admitiu ontem que a base aliada de Lula vai trabalhar para impedir que ocorra ainda neste ano a votação da emenda que garante a todos os beneficiários da Previdência Social o mesmo porcentual de aumento concedido ao salário mínimo. Apesar do desgaste que a decisão provocará aos parlamentares, Fontana disse que o governo não tem condições de aprovar um reajuste desse porte a todos os aposentados do país.

"Nós queremos votar este aumento real acima da inflação equivalente à metade do crescimento da economia. Não temos como votar neste ano um aumento igual ao do salário mínimo. Queremos aumento real que é da metade do crescimento da economia. Ou seja, a economia cresceu 5%, vai ser 2,5%", disse Fontana.

Segundo o líder, o governo tem o apoio de parte dos aposentados e de algumas centrais sindicais para votar a proposta que prevê o aumento real acima da inflação equivalente à metade do crescimento da economia. "Esse é um aumento responsável e possível, e que introduz política de recuperação destas aposentadorias. Se essa política que estamos querendo votar agora tivesse sido aprovada há seis anos, já teríamos um ganho de 31% para os aposentados que ganham mais que o mínimo", disse.

Os governistas não querem votar a matéria porque acreditam que, se for aprovada, vai provocar impactos da ordem de R$ 6 bilhões nas contas públicas somente em 2009. Fontana admitiu que o governo pode não ter o apoio da maioria da base para rejeitar a emenda, por isso decidiu retirá-la de pauta. Se o projeto for aprovado, a base aliada teme o desgaste político ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria de vetar o reajuste aos aposentados em ano pré-eleitoral.

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