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O governo federal reservou vagas na penitenciária de segurança máxima de Catanduvas, recentemente inaugurada no Paraná, para receber presos considerados de alta periculosidade mantidos em instituições prisionais de São Paulo. Segundo o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o governo aguarda que a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado se defina sobre os nomes dos detentos que devem ser transferidos para a unidade prisional.

- Estamos aguardando que comece o processo de transferência (de presos). As vagas estão asseguradas para isso - disse o ministro nesta quarta-feira, após participar da cerimônia de posse dos novos defensores da União. Das 208 vagas existentes no novo presídio, cerca de 40 estariam reservadas para os detentos provenientes de São Paulo. Segundo Bastos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a determinar para ele oferecer o auxílio da Força Nacional de Segurança, formada por homens de elite das polícias militares dos Estados, para ajudar a enfrentar a onda de crimes que assola São Paulo.

- O juiz desta questão é o governo do estado - afirmou Bastos.O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, voltou a recusar o auxílio nesta tarde. Ele argumenta que as forças de segurança locais têm estrutura e condições para debelar a crise. O ministro indicou, indiretamente, que a disputa eleitoral poderia estar influenciando, de alguma forma, as decisões do governo estadual em relação à crise.

-É claro que todas as pessoas cometem erros, as instituições cometem erros. Temos de avaliar isso e ver quem tem mais responsabilidade ou menos responsabilidade, onde acertou, onde errou. É preciso fazer isso de maneira impessoal - disse Bastos.-É um ano (eleitoral) difícil, mas é preciso que todos os agentes públicos, todos os servidores públicos, mantenham essa consciência bem nítida - completou.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, Bastos deverá encontrar-se com Lembo na quinta-feira. Inaugurado em 23 de junho, a penitenciária ainda não recebeu nenhum detento.

Segundo informação dada à Reuters por uma fonte do Ministério da Justiça, no dia da inauguração do presídio, entre os criminosos que deverão ser transferidos para lá, estão Marcos Camacho, o Marcola, líder da principal facção criminosa de São Paulo, preso na Penitenciária de Presidente Bernardes (SP), e o narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que cumpre pena na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília.

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