
O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, foi nomeado cardeal nesta quarta-feira (17) pelo Papa Bento XVI. Junto com outros 22 indicados, ele deve receber o barrete vermelho e o anel de ouro de cardeal no segundo consistório do pontificado de Bento XVI, marcado para 24 de novembro.
O consistório é uma cerimônia em que o Papa encontra seus cardeais. Além de poder participar das reuniões, Scherer ganha também o direito de votar no sucessor de Bento XVI. Dos 23 escolhidos, apenas 18 tem menos de 80 anos, o que é exigido para a participação no conclave secreto em que é escolhido o sucessor. Dom Odilo tem 57 anos.
Com as novas designações, o número de cardeais com direito a voto em um eventual conclave pela morte do Papa chega a 121 membros, um a mais que o límite fixado pelo papa Paulo VI. Outros são o argentino Leonardo Sandri, atual prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, e o mexicano Francisco Robles Ortega, arcebispo de Monterrey.
Entre os novos cardeais estão vários membros da Cúria romana e arcebispos de cidades importantes, entre eles o de Paris, André Vingt-Trois, de Barcelona, Luis Martinez Sistach, de Nairóbi (Quênia), John Njue, e o de Gênova, Angelo Bagnasco, atual presidente da conferência episcopal italiana.
Perfil
Gaúcho, o novo cardeal se formou na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e é bastante próximo da Cúria Romana. Antes de assumir como arcebispo de São Paulo, quando era secretário-geral da CNBB, ele se esforçou para alinhar a entidade às diretrizes do Vaticano, o que foi visto com bons olhos pelo papa Bento XVI.
Quando o pontífice esteve no Brasil, Dom Odilo foi um de seus anfitriões. Sua boa relação com Roma é favorecida também pela proximidade com o cardeal Dom Cláudio Hummes, seu antecessor na arquidiocese de São Paulo.
Dom Odilo nasceu em 21 de setembro de 1949 em Cerro Largo (RS).



