• Carregando...
Paulo Bernardo será substituído no Ministério do Planejamento por Miriam Belchior, mas foi convidado a permanecer no governo para assumir as Comunicações | José Cruz/ABr
Paulo Bernardo será substituído no Ministério do Planejamento por Miriam Belchior, mas foi convidado a permanecer no governo para assumir as Comunicações| Foto: José Cruz/ABr

Partilha restringe escolhas de Dilma

Em meio às disputas partidárias, sugestões de Lula e palpites de governadores aliados, Dilma Rousseff só teria bancado pessoalmente até agora a indicação de um ministro. O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) é amigo da presidente eleita e teria sido convidado ontem para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O petista concorreu em outubro ao Senado por Minas Gerais, mas perdeu para Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPS).

Leia a matéria completa

  • Confira os paranaenses que podem compor o governo Dilma

Caberá ao paranaense Paulo Bernardo uma das missões mais espinhosas do governo Dilma Rousseff (PT). Após cinco anos no Ministério do Planejamento, ele assumirá as Comunicações com três desafios pré-definidos – reorganizar a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), implementar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e discutir a criação do polêmico marco regulatório da mídia eletrônica. A escolha dele para a pasta foi comunicada ontem pela presidente eleita a líderes do PMDB.Apontado como "coringa" de Dilma na partilha ministerial, Paulo Bernardo chegou a ser cotado para outras quatro áreas – Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência, Cidades e Previdência Social. A única certeza era que ele continuaria no primeiro escalão. "Paulinho", como é chamado pela presidente, foi um dos principais parceiros dela na condução do Programa de Aceleração do Cres­­cimento.

O paranaense também tem o aval de Lula. A relação com o presidente se estreitou graças à sintonia com o restante da equipe econômica e ao cumprimento de tarefas extras repassadas por Lula, como a de negociar com os controladores durante o auge do caos aéreo, em 2007. Há três meses, após o escândalo que derrubou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, recebeu a ordem de diagnosticar todos os problemas na administração da ECT.

O trabalho, ainda em execução, servirá como base para as mudanças que serão conduzidas por ele próprio a partir de janeiro. O objetivo é evitar a repetição de irregularidades que em 2005 levaram à criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios.

Já o PNBL, lançado em maio, tem a meta de massificar a oferta de acessos de banda larga e promover o aumento da capacidade de infraestrutura de telecomunicações do país até 2014. O plano é uma prioridade abraçada pessoalmente por Dilma e cujo acompanhamento estava vinculado à Casa Civil. Uma das expectativas é ampliar o serviço que hoje abrange 12 milhões de domicílios para 40 milhões, a um custo mensal por usuário entre R$ 15 e R$ 35 (atualmente, o gasto médio do brasileiro com provedores é de R$ 50 por mês).

Por último, Paulo Bernardo herdará do ministro da Comu­­nicação Social, Franklin Martins, o debate sobre uma nova lei de mídia eletrônica. Martins, que não vai permanecer no governo Dilma, está finalizando um anteprojeto sobre o assunto que deve ser encaminhado ao Congresso.

Nessa área, o Ministério das Comunicações vai liderar as negociações sobre regras para a convergência de mídias e de mudanças nas concessões públicas de rádio e televisão.

Paranaenses

Com a definição de Paulo Bernardo, já são dois os paranaenses no primeiro escalão do governo Dilma. Na semana passada, o londrinense Gilberto Carvalho foi indicado para a Secretaria-Geral da Presidência. Há expectativa de que novos nomes possam ser indicados, mas a maioria para esferas menores da administração federal (veja quadro abaixo). Entre eles estão Jorge Samek, que deve permanecer em Itaipu, o senador Osmar Dias (PDT) e o governador Orlando Pessuti (PMDB), cotados para a Companhia Nacional de Abastecimento. A ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, também tem chances de ficar no cargo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]