
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à fábrica da Positivo Informática, em Curitiba, após a inauguração das obras de ampliação da refinaria Repar, foi marcada pelo inusitado brilho de um oposicionista. Depois do próprio Lula, que foi ovacionado pelos funcionários da empresa, o tucano Beto Richa, prefeito de Curitiba e pré-candidato do PSDB ao governo do Paraná, foi político que mais recebeu aplausos ao ter seu nome anunciado entre os presentes no palanque.
A popularidade de Richa, de certa forma, foi um termômetro do que pode ocorrer nas eleições estaduais em Curitiba, pois no mesmo palco estavam os três principais pré-candidatos ao Palácio Iguaçu: Beto, o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT) que ainda dividiram o espaço com autoridades como a ministra do Planejamento Dilma Rousseff; o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo; e sua mulher, Gleisi Hoffmann, candidata petista ao Senado.
Quase ninguém, porém, pôde discursar. Além do presidente da Positivo Informática, Hélio Rotenberg, e do próprio Lula, apenas Dilma falou à plateia. Seguindo os passos de Lula, a ministra acenou para os funcionários da Positivo e vestiu uma camiseta amarela da empresa.
Dilma disse estar contente pela quantidade de mulheres presentes na linha de produção. "As mulheres estão ajudando a construir o Brasil", disse ela. E aproveitou para fazer propaganda de sua candidatura: "O caminho do Brasil é de homens e mulheres, com direito ao trabalho, educação e cultura. É o caminho construído pelo presidente Lula. E vamos continuar nele."
Depois de Dilma, foi a vez de Lula discursar. Ovacionado, o presidente fez brincadeira com a média de idade dos funcionários da empresa: "É menor que a média do Corinthians". Lula ainda fez vários elogios à Positivo Informática. E detacou a importância dos computadores na atualidade, comparando o aparelho ao oxigênio. "Hoje em dia, não dá para viver sem os dois".
O presidente também fez questão de relacionar o crescimento da empresas às medidas adotadas durante seu governo."Procurávamos parceiros para lançar o computador popular e não achávamos... A Positivo foi essa parceira. Foi durante nosso governo que a empresa se transformou na maior fabricante do país."



