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Congresso

Bolsonaro deve disputar presidência da Comissão de Direitos Humanos com PT

Considerado um dos congressistas mais conservadores, Jair Bolsonaro tem buscado apoio da bancada evangélica para tentar ganhar sustentação

Preterido pelos líderes da Câmara para o comando da Comissão de Direitos Humanos, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ainda não jogou a toalha e pretende lançar candidatura avulsa para disputar o posto. Considerado um dos congressistas mais conservadores, ele tem buscado apoio da bancada evangélica para tentar ganhar sustentação e derrotar o nome do PT.

As bancadas da Câmara dividiram nesta semana as presidências das 22 comissões, por onde passam projetos e são feitos debates temáticos. Maior partido, o PT costurou um acordo com o PTB para retomar a Direitos Humanos evitando que o PP ficasse com o colegiado e indicasse Bolsonaro.

A movimentação irritou parte da bancada evangélica que prepara uma reação. Um dos maiores incentivadores da candidatura avulsa de Bolsonaro é o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que comandou a comissão em 2013 e foi alvo de ataques de movimentos gays e negros. A dupla já tem um parecer pronto para justificar a legalidade de uma candidatura avulsa. "É bom o PT não faltar. É bem possível que a gente apresente essa candidatura. O povo está cansado de defender direitos de vagabundos que é a especialidade do PT", afirmou Bolsonaro.

Tradicionalmente, os partidos costumam eleger para a presidência das comissões o nome indicado pela bancada que ficou com o colegiado. Segundo técnicos da Câmara, porém, não há uma regra constitucional que impeça candidaturas avulsas.

A eleição da comissão de Direitos Humanos está prevista para a próxima quarta-feira. Uma disputa entre as correntes do PT tem adiado a definição do indicado do partido para comandar a comissão. Estão na disputa o ex-ministro de Direitos Humanos Nilmário Miranda (MG), Assis de Couto (PR) e Erika Kokay (DF). A ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) que deve voltar à Câmara para poder concorrer nas eleições de outubro chegou a avisar que estaria disposta a ocupar a presidência da comissão e ainda uma vaga na Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara. A oferta não agradou e o nome dela é descartado por líderes.

Desde quando a comissão foi criada, em 1995, o PT ocupou por 13 vezes a presidência. O PDT a exerceu por três vezes. PC do B e PPB, uma.

O Partido Social Cristão de Feliciano só assumiu a comissão porque, no ano passado, o PT, que a presidia e tinha direito a escolher três comissões, deu prioridade para outras áreas: Seguridade Social e Família, Relações Exteriores e Comércio e Constituição e Justiça.

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