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Pesquisa

Bolsonaro tem menos rejeição que políticos citados na Lava Jato, aponta Datafolha

Deputado federal está atrás de Michel Temer (PMDB), Lula (PT), Aécio Neves (PSDB) e José Serra (PSDB)

Jair Bolsonaro tem 18% de rejeição, segundo pesquisa do Datafolha. | Antônio More/Gazeta do Povo
Jair Bolsonaro tem 18% de rejeição, segundo pesquisa do Datafolha. (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de incitar o crime de estupro, é menos rejeitado pelo eleitor brasileiro do que políticos que foram citados ou são investigados na Operação Lava Jato, aponta o Datafolha.

De acordo com a pesquisa sobre a corrida presidencial de 2018, divulgada nesta segunda-feira (12), o deputado aparece com 18% de rejeição junto ao eleitorado. Empatados na liderança, dentro da margem de erro, estão Michel Temer (PMDB) e Lula (PT), com 45% e 44%, respectivamente.

A rejeição quer dizer que o eleitor não votaria no candidato em nenhuma hipótese.

Bolsonaro também está atrás de Aécio Neves (PSDB) e José Serra (PSDB), que já tiveram os nomes ventilados em vazamentos de delações premiadas na Operação Lava Jato. Segundo o Datafolha, 30% dos eleitores rejeitam o senador mineiro, contra 20% de rejeição ao nome do ministro de Relações Exteriores.

Jair Bolsonaro é o quinto da pesquisa, logo à frente de outro tucano, Geraldo Alckmin (PSDB), que tem 17% de rejeição.

Em seguida, aparecem Marina Silva (Rede), com 15%, Roberto Justus (sem partido), 14%, Ciro Gomes (PDT), 13%, Luciana Genro (PSol), 11%, Ronaldo Caiado (DEM) e Sergio Moro (sem partido), 9%, e Eduardo Jorge (PV) e Cármen Lúcia (ministra do STF), com 8%.

De acordo com o Datafolha, 6% dos eleitores brasileiros rejeitam todos os nomes apresentados, 4% não rejeitam nenhum dos citados e outros 4% não souberam opinar.

Para Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas, o fenômeno de rejeição está intimamente ligado aos efeitos da Operação Lava Jato.

“Hoje está bem difícil para todos os políticos, todos são alvo da indignação. Não é uma conta fácil porque não sabemos quando a Lava Jato vai parar. Esses dados mostram claramente a relação ruim da população com esses políticos”, afirma.

Na contramão, segundo Hidalgo, Marina Silva (Rede) e Bolsonaro (PSC) conseguem “surfar” pelo isolamento em relação à Operação.

“O maior trunfo de Bolsonaro é estar fora e o sucesso da Marina Silva é estar longe. A eleição para 2018 está completamente aberta, imprevisível. Apesar desse cenário, ainda é cedo para cravar algo”.

Bolsonaro na média; Temer em baixa

Jair Bolsonaro (PSC) oscilou para baixo em relação à última pesquisa Datafolha, de julho, quando 19% diziam não votar nele em nenhuma hipótese. No entanto, o deputado federal permaneceu na mesma colocação, em quinto lugar.

O ex-presidente Lula (PT) liderava a corrida dos rejeitados em julho, mas oscilou dois pontos para baixo, de 46% a 44%, e agora aparece atrás de Michel Temer (PMDB). O maior crescimento do índice de indignação foi justamente do presidente da República, que variou de 29% para 45%, pulando da segunda para a primeira posição. Nos cenários de disputa eleitoral, o peemedebista oscila entre 2% e 4% das intenções de voto em todos os cenários.

A rejeição aos nomes de Aécio Neves (PSDB) e José Serra (PSDB) também variaram para cima, um ponto percentual cada. O senador mineiro saltou de 29% em julho para 30% em dezembro e o ministro das Relações Exteriores foi de 19% para 20%.

Sergio Moro aparecia com 9% de rejeição na última pesquisa, índice que se manteve em dezembro.

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