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Diplomacia

Brasil e EUA desenham agenda para o G20

Antes de voltar ao Brasil hoje, o presidente participa de seminário com empresários brasileiros e norte-americanos e dá entrevista para programa da CNN

O presidente Lula não saiu durante o dia do hotel onde está hospedado em Manhatan | Yuri Gripas/Reuters
O presidente Lula não saiu durante o dia do hotel onde está hospedado em Manhatan (Foto: Yuri Gripas/Reuters)

Um dia depois do primeiro encontro dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca, o assessor de assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou ontem que a agenda do grupo de trabalho Brasil-EUA no G20 "já está desenhada" e vai incluir regulamentação financeira, pacotes de estímulo e paraísos fiscais. "A agenda já está desenhada. O grande problema é como vai ser a coordenação da ação no interior de cada país e globalmente", diz. "E o pepino maior está aqui, nos Estados Unidos, como disse o presidente Lula (em reunião com o presidente Barack Obama)", explica o assessor, na saída do hotel The Plaza, em Nova Iorque, onde estão hospedados o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff; o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Eles estão na cidade para participar do seminário "Brasil: Parceiro global em uma nova economia", promovido pelos jornais Valor Econômico e The Wall Street Journal. Segundo Marco Aurélio, alguém designado pelo secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, e alguém designado por Mantega devem começar a costurar propostas para o grupo de trabalho.

Segundo Ottoni Fernandes Jr., secretário-executivo da Secretaria de Comunicação da Presidência, são esperados 230 empresários, a maioria de pessoas que decidem investimentos, como economistas-chefes e executivos de fundos de private equity. O seminário é parte de uma estratégia para promover a marca Brasil no exterior.

O presidente Lula vai assistir ao seminário de hoje de manhã e fará um discurso na hora do almoço. À tarde, ele dará entrevista a Fareed Zakaria para o programa Fareed Zakaria GPS, na CNN, um programa de entrevista focado em questões internacionais. Ele volta para Brasília no final do dia.

Marco Aurélio disse que o Brasil também vai ter grupos de trabalho com outros países, não apenas com os Estados Unidos. "É nosso interesse multiplicar contatos, sobretudo com aqueles países com os quais temos mais afinidade, para chegar o mais depurado possível em termos de proposta para o G20", fala.

Ele minimizou a importância dada ao fato de Obama ter dito que a tarifa sobre o etanol brasileiro não será eliminada da noite para o dia. "Evidentemente não seria em um sábado de manhã no Salão Oval que essa questão seria resolvida."

A questão dos biocombustíveis, salienta Marco Aurélio, foi levantada de forma enfática na reunião com o presidente americano e em seu encontro com o titular do Conselho de Segurança Nacional, o general James Jones. Ele se diz otimista no longo prazo, porque Obama já declarou que quer mudar a matriz energética americana.

Celebridade

Na frente do hotel The Plaza, que, por sua vez, está defronte ao Central Park, uma aglomeração de curiosos permaneceu no local durante quase todo o dia. Muitos estavam tirando fotos dos jornalistas e ficaram ali esperando, após um boato de que o ator Brad Pitt estaria hospedado no hotel. Ao saber que, em vez do astro hollywoodiano, tratava-se do presidente do Brasil, muitos continuaram assim mesmo. Até as 20h30 de ontem, Lula não havia deixado o hotel.

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