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Quebra de patente

Brasil vai fabricar o remédio anti-Aids Efavirenz

Um dia depois de anunciar a quebra da patente do Efavirenz, um medicamento distribuído pelo governo para os pacientes que têm Aids, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse neste sábado que o Brasil vai produzir o remédio. Segundo o Ministério da Saúde, três fábricas habilitadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) vão produzir o remédio que o Brasil até agora comprava de um laboratório americano. Dois laboratórios oficiais, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e do governo do estado de Pernambuco vão iniciar a produção do remédio Efavirenz possivelmente no primeiro semestre de 2008.

Até lá, os 75 mil pacientes no país que recebem a medicação terão a continuidade do tratamento garantido pelo estoque, que será reforçado com a importação da Índia. O governo federal decretou, na sexta-feira, a quebra da patente com a importação de cópias indianas porque não conseguiu negociar a redução do preço com o laboratório americano. O Brasil vai comprar o remédio por menos de um terço do preço. O primeiro carregamento do medicamento anti-Aids Efavirenz, importado da Índia, vai chegar ao Brasil em setembro.

Temporão disse que a fabricação do remédio no Brasil vai melhorar o Programa Nacional de Combate a Aids: "Isso reduz uma certa vulnerabilidade da política social brasileira, que é a grande dependência da tecnologia externa. A gente, permanentemente, tem que estar importando remédios a preços muitas vezes abusivos. Isso tem duas dimensões: a econômica, porque se reduz os custos e se garante estar respondendo as demandas da política de saúde, e tem a dimensão de conhecimento, de grande valor, que é a independência tecnológica".

O Efavirenz é um dos principais remédios dos mais de 15 medicamentos usados no chamado coquetel anti-Aids. A droga tem como principal função diminuir a multiplicação do vírus HIV nos pacientes.

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