Bush diz que vai discutir com Lula como ajudar os pobres do mundo

• 0

O presidente de Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta quarta-feira que espera alcançar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva um acordo para destravar as negociações da Rodada de Doha. Os dois mandatários vão se reunir na sexta-feira em São Paulo, ponto de partida de um giro por vários países latino-americanos. A capital paulista está montando uma "operação de guerra" para receber Bush.

- Um dos problemas a tratar (com Lula) é o comércio - afirmou Bush. - Eu e o presidente Lula vamos dedicar tempo à Rodada de Doha para determinar se conseguiremos ou não avançar de maneira construtiva, que beneficie nossos países e, igualmente importante, aos pobres do mundo - acrescentou.

O líder de Washington fez questão de frisar que a relação dos EUA com o Brasil é forte. Bush trará na maleta uma pacote de investimentos para a América Latina .

Depois da visita de Bush a São Paulo, onde desembarca na quinta-feira, será a vez de Lula visitar os EUA, no fim de março. O presidente brasileiro passará pela exclusivíssima residência de Camp David, onde Bush costuma receber importantes chefes de Estado.

Bush recordou o primeiro encontro que teve com Lula, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington:

- As pessoas têm reputações que as precedem na vida. E, ainda assim, depois que passamos um breve período juntos, ambos percebemos que compartilhamos as mesmas preocupações, particularmente em relação aos setores mais pobres. E ambos representamos países grandes e influentes e (vemos) o trabalho que podemos fazer juntos para alcançar os objetivos comuns.

Um dos objetivos é desenvolver um mercado internacional competitivo para o combustível etanol, do qual Brasil e EUA concentram cerca de 70% da produção mundial. Bush se disse impressionado com o progresso brasileiro nesse tipo de indústria.

Para o governo dos Estados Unidos, o uso do etanol pode reduzir de forma significativa a dependência americana do petróleo.

- A dependência do petróleo expõe as economias as capricho dos mercados - comentou o presidente dos EUA.