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A Companhia do Metropolitano afastou do cargo o gerente de obra Marco Antonio Buoncompagno, responsável pela construção da Linha 4 (Vila Sonia), que abriu uma cratera, desmoronou e matou sete pessoas no dia 12 de janeiro passado. Ele foi substituído pelo gerente de obras da Linha 2, Luiz Carlos Meirelles de Assis, que vai acumular as funções.

O afastamento deverá permitir mais transparência nas investigações da causa do acidente, segundo a assessoria de imprensa do metrô, que disse ter sido o próprio Buoncompagno que pediu para deixar o cargo. O presidente do metrô, Luiz Carlos David, cancelou sua ida nesta terça a uma audiência pública na Assembléia Legislativa, onde o acidente seria discutido.

Nesta segunda-feira, o Jornal Nacional revelou que o Consórcio Via Amarela já tinha detectado problemas na obra, mas mesmo assim manteve explosões em áreas próximas.

Além disso, uma reportagem do jornal 'Folha de S.Paulo' revelou que Buoncompagno enfrenta um processo no qual é acusado de ter beneficiado as empreiteiras Andrade Gutierrez e Mendes Jr com aditivos contratuais em obras do metrô, com acréscimo de até 46,5% no valor inicial, para que elas repassassem parte dos serviços à Engemab, uma empresa que teria sido criada pelo próprio gerente em 1989. Em troca, ele teria construído casas para executivos do metrô. A Andrade Gutierrez faz parte do Consórcio Via Amarela, responsável pela obra da Linha 4.

A ação permanece até hoje em fase de perícia e o Ministério Público não se pronunciou sobre o processo ou o motivo da demora.

Nesta terça-feira, engenheiros da Defesa Civil fazem vistoria em 55 imóveis atingidos pela cratera do metrô. Sete foram condenados e seis já foram demolidos.

A expectativa é que 22 imóveis sejam vistoriados até quinta-feira, quando começarão a ser emitidos laudos que permitirão aos moradores voltar para as casas que não tiveram a estrutura comprometida. Mas a Defesa Civil afirma que os moradores precisarão ainda de um laudo emitido pelo Consórcio Via Amarela e pela Companhia do Metropolitano, que garanta que não terá movimentação de terra que possa abalar as construções.

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