A Câmara de Curitiba aprovou ontem o aumento de 8,6% aos professores municipais. Somado ao reajuste de 10% dado ao funcionalismo na semana passada, os magistério terá, ao todo, um incremento salarial aproximado de 19%. O aumento deve ser pago já na folha salarial deste mês.
A oferta inicial da prefeitura era ampliar o valor da gratificação paga aos professores, Mas a classe optou por se mobilizar para conseguir um aumento vinculado ao salário. "Dessa forma, incluímos os aposentados", explicou o diretor do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), Gabriel Conte.
Para a vereadora Professora Josete (PT), a mobilização da classe somada ao fato de ser ano eleitoral favoreceu o reajuste. "Em ano eleitoral, tudo é possível. Mas não foi só isso, pois a greve contribuiu nesse cenário", afirma. A vereadora ressaltou o fato de o reajuste total recuperar perdas históricas da categoria, mas criticou a falta de critérios da prefeitura em conceder aumentos em outros anos.
Outros servidores
O reajuste diferenciado para os professores causou polêmica entre os demais servidores do município. Elas reivindicam que o aumento concedido ao magistrado seja estendido às outras categorias. No entanto, o líder do prefeito na Câmara, vereador Roberto Hinça (PDT), disse não ver problema no fato de as classes terem reajustes distintos. Segundo ele, isso ocorre em razão das diferentes perdas históricas.
Para Hinça, todos os servidores municipais estão satisfeitos com os reajustes concedidos. Ele considera cumprido um compromisso firmado pelo prefeito no ano passado. "O orçamento de Curitiba cresce ano a ano. Por isso, o prefeito pediu às secretarias que contemplassem as categorias."
