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Crise aérea

Câmara define últimos detalhes para CPI

Partidos concluem indicação de membros da CPI do Apagão Aéreo nesta quarta. Oposição tentará últimos esforços para conseguir presidência ou relatoria

Os partidos da base do governo e da oposição definem nesta quarta-feira (2) os últimos detalhes para o início da CPI do Apagão Aéreo na Câmara. O prazo para indicação dos membros da comissão termina hoje e a expectativa é que a CPI possa realizar sua primeira reunião na quinta (3).

Para isso, no entanto, é preciso ainda decidir sobre o comando da investigação, programada para durar 120 dias. A base do governo não abre mão da prerrogativa regimental de ter a presidência e a relatoria da CPI, já que possui a primeira e a segunda maior bancada da Casa, com PMDB e PT, respectivamente.

A oposição, por sua vez, tentará ainda negociar uma das duas vagas, embora saiba que dificilmente o governo aceitará um acordo. A alternativa poderá ser algum recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Os petistas chegaram a cogitar, no máximo, inverter as funções: passar a relatoria ao PMDB e assumir o cargo de presidente. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN), no entanto, já avisou que o partido quer a presidência. Vagas

PMDB e PT, aliás, confirmarão nesta quarta seus integrantes na CPI. Um nome quase certo dentro do PT é o de Cândido Vacarezza (SP), cotado para a relatoria. No PMDB, é dado como garantido entre os peemedebistas a indicação de Marcelo Castro (PI), cogitado para a presidência.

Outro nome petista também cotado para a relatoria da comissão é o do deputado Marco Maia (RS), conforme informou o blog da Cristiana Lôbo.

Das 24 vagas titulares da CPI, 16 são do governo. Da base governista, apenas o PR já escolheu seu único membro titular na CPI: José Carlos Araújo (BA), tendo como suplente, Lêo Alcântara (CE).

Já pela oposição, o Democratas (antigo PFL) indicou como titulares Solange Amaral (DEM-RJ), Vitor Penido (DEM-MG), e Vic Pires Franco (DEM-PA). As vagas de suplentes ficarão com Efraim Filho (DEM-PB), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Silvinho Peccioli (DEM-SP).

O PSDB escolheu Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), Wanderlei Macris (PSDB-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) como titulares e deixou como suplentes os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Rodrigo de Castro (PSDB-MG) e Otávio Leite (PSDB-RJ). Esse último, aliás, promete pressionar para ser titular por ter sido, ao lado de Macris, um dos autores do requerimento que pediu a CPI.

A oposição tem mais duas vagas: uma do PPS, que ainda não indicou ninguém, e outra do PSOL, que avisou que escolherá entre Ivan Valente (PSOL-SP) e Luciana Genro (PSOL-RS) para titular e outro como suplente.

Foco

Democratas e PSDB mantém divergências quanto ao início da CPI. O Democratas querem investigar de imediato a Infraero, enquanto os tucanos defendem aprofundar as falhas no sistema aéreo do país. Essa divergência também tem reflexo na CPI que será instalada no Senado nas próximas semanas.

O Democratas deve ficar com a relatoria da investigação e tem sido criticado pelo PSDB por tentar esvaziar a CPI da Câmara, onde a base do governo tem folgada maioria. No Senado, por exemplo, das 13 vagas titulares, sete são governistas e seis da oposição. Até agora, apenas DEM e PSDB indicaram seus integrantes.

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