Considerado prioridade para o Palácio do Planalto, o Marco Civil da Internet pode ir a votação nesta semana no plenário da Câmara e deverá ser alvo de disputa entre o governo e o PMDB em dois pontos centrais: a chamada neutralidade da rede e a exigência de que os data-centers sejam instalados em território brasileiro. O Marco Civil é classificado como a Constituição da web. As operadoras de internet querem que "a liberdade de modelo de negócios" seja garantida. Elas entendem que, tal qual vinha sendo tratado no relatório do deputado Alessandro Molon (PT-RJ), a neutralidade poderia implicar na proibição da venda de pacotes com diferentes velocidades e franquia de dados. Para atender à demanda das teles, Molon preservou o direito de tarifar de acordo com a velocidade contratada e permitindo limites de tráfego de dados, mas manteve a vedação de cobranças diferentes por tipo de conteúdo acessado. Já a obrigatoriedade de que os bancos de dados estejam no Brasil, também criticada pelas teles, é uma bandeira da presidente Dilma Rousseff.
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