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Feliciano enfrenta pressão para deixar cargo em comissão | Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Feliciano enfrenta pressão para deixar cargo em comissão| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Eleição e protestos

Escolha do pastor Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara provocou onda de protestos:

27 fev – Partidos dividem cargos nas comissões temáticas da Câmara. Após acordo, o PT abre mão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e o PSC fica com o direito de indicar o presidente.

4 mar – Cotado para a vaga, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) é alvo de protestos em redes sociais por ter opiniões consideradas homofóbicas e racistas.

6 mar – Indicado pelo seu partido para a vaga, a reunião que o elegeria presidente da Comissão é suspensa após manifestações e adiada em um dia.

7 mar – Em reunião fechada, sem os manifestantes, Feliciano é eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos com 11 votos dos 18 possíveis.

9 mar – Manifestantes contrários à eleição do pastor para a presidência da comissão vão às ruas pedir a sua destituição do cargo.

11 mar – O deputado é alvo de novos protestos.

13 mar – Na primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos, Feliciano enfrenta protestos, bate-bocas e questionamentos.

16 mar – Pelo segundo fim de semana seguido, manifestações pelo país pela saída do pastor da presidência da comissão tomas as ruas.

20 mar – A sessão da Comissão é suspensa após novos protestos de movimentos sociais.

21 mar – O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pressiona para que Feliciano renuncie.

26 mar – O PSC decide manter Feliciano na presidência da comissão.

29 mar – Feliciano afirma que a Comissão de Direitos Humanos era dominada pelo "Satanás" antes de sua chegada ao posto.

Ação penal

STF mantém depoimento de deputado em processo por estelionato

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) não conseguiu adiar o depoimento marcado para a próxima sexta-feira na ação penal em que ele é acusado, no Supremo Tribunal Federal (STF), de estelionato.

Em meio a uma polêmica após assumir a Comissão de Direitos Humanos e Monrias, Feliciano argumentou que a data precisava ser alterada pois ministraria um culto religioso no Pará.

No processo em questão, cuja denúncia foi feita pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, o deputado é acusado não comparecer a um culto religioso do qual foi contratado para ministrar por R$ 13 mil. Sua defesa, no entanto, diz que o dinheiro já foi devolvido.

A Câmara dos Deputados recebeu ontem pedido para a abertura de processo contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos. Em um culto realizado em Minas Gerais, Feliciano afirmou que a comissão era dominada por Satanás antes de sua chegada ao cargo.

A deputada Iriny Lopes (PT-ES), ex-presidente da comissão, pediu à Mesa Diretora da Câmara abertura de processo contra ele por quebra de decoro parlamentar. Hoje o PSol também irá entrar com pedidos para que o deputado seja investigado na Corregedoria e no Conselho de Ética da Câmara.

Desde que assumiu a comissão, o pastor é alvo de protestos que o acusam de racismo e homofobia e pedem sua saída do cargo. Ele nega as acusações e disse que se "sente livre para trabalhar".

O pedido para analisar a quebra de decoro parlamentar será avaliado previamente pela Mesa Diretora. Se o caso chegar ao Conselho de Ética, o deputado pode ser inocentado, punido com advertência ou ter a cassação recomendada para ser votada em plenário.

Feliciano tenta aprovar hoje na comissão requerimento de viagem a Bolívia para discutir a situação de 12 corintianos presos naquele país pela morte de um jovem durante uma partida de futebol.

Em mensagem publicada na segunda-feira e reproduzida no perfil de Feliciano no Twitter, um assessor chama a atenção do pastor para reportagem sobre o caso de uma criança que teria sofrido abusos de um casal gay e afirma que o destino de crianças adotadas por gays é o estupro.

O pastor reproduziu a mensagem aos seus mais 160 mil seguidores, sem emitir comentário sobre o conteúdo. Procurada, a assessoria de Feliciano disse que o Twitter é do assessor e que não comentaria a publicação.

Feliciano também falou sobre a polêmica declaração de que Satanás comandou a comissão antes de ele chegar à presidência. O pastor disse que não citou nomes quando fez a afirmação.

Líder do PSC cobra desculpas de pastor por fala sobre Satanás

Agência O Globo

O líder do PSC na Câmara dos Deputados, André Moura (SE) classificou ontem como "infelizes" as declarações do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) feitas em culto no interior de Minas Gerais, no qual afirmou que a Comissão de Direitos Humanos, antes de ele ser eleito para presidir, era "dominada por Satanás". Segundo Moura, cabe a Feliciano um pedido oficial de desculpas.

"Entendo que são declarações infelizes da parte dele, disse isso ao deputado. Acho que agora cabe a ele um pedido de desculpas oficial e, logicamente, que a Mesa Diretora da Casa fará uma análise das consequên­cias da declaração", disse.

Segundo Moura, a deputada Antônia Lúcia (PSC-AC) desistiu de renunciar à vaga de vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias depois de conversar com Feliciano e com ele.

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