O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta quarta-feira (15) que as dificuldades enfrentadas pelo governo federal na votação da Medida Provisória dos Portos no Congresso refletem falta de diálogo com do Planalto com o Legislativo.
"Não houve um debate antes. O governo preferiu essa posição por causa da complexidade da matéria e pela urgência. Pela minha experiência na Câmara, essa pressão é porque deve ter faltado diálogo do governo com o Congresso", afirmou Campos, que participou de evento em Joinville (SC).
Campos se opôs ao projeto original do Planalto porque ele transferia ao governo federal a condução de licitações de novos terminais em portos públicos estaduais, como o de Suape (PE).
O governador chegou a ir ao Congresso pedir mudanças no texto, quando discutiu com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
A emenda ao texto original que fazia uma concessão parcial a Campos, ao abrir a possibilidade de o Planalto deixar a cargo dos Estados a decisão sobre licitações em portos como o de Suape, acabou rejeitada na Câmara na noite de ontem.
Campos disse que "sempre defendeu" a MP dos Portos, principalmente a negociação com os trabalhadores portuários e a prerrogativa de os Estados gerirem os portos.
Eleições
Cotado como candidato a presidente em 2014, Campos manteve a postura discreta que assumiu nas últimas semanas. Afirmou que 2013 não é ano para montar palanques, mas cuidar da agenda econômica. Ele negou, por exemplo, que a conversa que manteve na última segunda com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, tenha girado em torno de composições para o próximo ano.
"O Brasil precisa retomar o crescimento econômico. O ano de 2011 teve um desempenho inferior a 2010 e 2012 foi pior do que 2011. Então precisamos trabalhar muito em 2013 para ser um ano bom. Daí em 2014 a gente vê", afirmou.



