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 | Rosinei Coutinho/STF/Reprodução
| Foto: Rosinei Coutinho/STF/Reprodução

Na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) desde o início de setembro, a ministra Cármen Lúcia aproveitou o feriado de 12 de outubro para receber crianças carentes de Brasília e região. Elas fizeram uma visita guiada ao STF e ganharam presentes doados por servidores. Foi a primeira vez que um presidente do Supremo promoveu um encontro deste tipo durante o Dia das Crianças.

A visita guiada, que reuniu cerca de 50 jovens à espera de adoção, oriundos de cinco instituições de caridade diferentes, foi mais um ato de Cármen Lúcia para aproximar a Justiça do cidadão comum. Em sua posse ela já havia quebrado o protocolo ao cumprimentar, em primeiro lugar, o “cidadão brasileiro” - e não autoridades presentes à cerimônia, como o presidente Michel Temer.

Hoje, ela lembrou que a visita das crianças ao STF era uma forma de mostrar a elas “como funciona o órgão que tem, como objetivo, prestar a Justiça”.

“Ganhei um presente que é eles estarem aqui, querendo saber o que é a Justiça. Além disso, um menino me ofereceu uma pintura que fez, o que foi super emocionante. Espero mesmo que a gente possa trabalhar e melhorar [a vida] para eles”, comentou a ministra, que ganhou das crianças um quadro.

Cármen Lúcia conversou com os pequenos e disse que várias deles, ao serem questionados sobre o futuro, demonstraram querer estabilidade.

“Como estão na espera por uma situação mais estável na vida, querem ser pais, ter uma família. São conversas muito diferentes das que temos no dia a dia”, comentou a ministra. “Algumas [crianças] querem garantir que possam estudar, mas elas falaram muito da família.”

Questionada a respeito do processo de adoção de crianças no país, a ministra afirmou que, por um lado, há muita burocracia no processo e, por outro, há crianças querendo ser adotadas.

“Agora estamos fortalecendo o cadastro e verificando qual é o fluxograma de um processo de adoção, com os juízes da Infância e Juventude, e vendo qual é o processo real”, afirmou Cármen Lúcia, que também preside o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável pelo Cadastro Nacional de Adoção (CNA).

“[Queremos saber] quantas crianças estão nesta situação, quantas estão cadastradas para serem adotadas e quem quer adotar”, afirmou.

Durante o encontro com as crianças, a juíza também arrancou gargalhadas dos adultos presentes. “Me perguntaram ali: ‘eu tenho 6 anos, você tem quanto?’ Eu disse: olha, já passei dos 60”, contou a ministra. “A resposta foi: ‘nossa, você vai morrer logo’“, disse Cármen, bem humorada. Durante o evento, ela não quis falar de outros assuntos do STF.

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