Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
poder

Cassação de Cunha, impeachment de Dilma, ajuste fiscal... Brasília pega fogo

Planalto está de olho na reação de Eduardo Cunha em relação ao impeachment da presidente Dilma. | Ueslei Marcelino/Reuters
Planalto está de olho na reação de Eduardo Cunha em relação ao impeachment da presidente Dilma. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

O governo começa a semana correndo para que medidas importantes para o ajuste fiscal sejam aprovadas antes de 22 de dezembro, data de início do recesso parlamentar. Para governistas e aliados, a operação é essencial para que o discurso do impeachment da petista não migre da via política para a econômica.

Segundo a reportagem apurou, a avaliação do núcleo mais próximo a presidente Dilma Rousseff e também de integrantes do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, é de que o governo precisa mostrar sinais de reação na economia para garantir o apoio do mercado.

Sem ajuda de grandes empresários e com risco de novos rebaixamentos da nota de crédito do Brasil, admitem, a situação do Planalto pode se agravar, inviabilizando a governabilidade de Dilma.

Desde a semana passada, com a prisão na Operação Lava Jato do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), o Planalto tenta reorganizar sua base aliada para a votação, nesta terça-feira (1.º), da nova meta fiscal, que deixa de prever superavit de R$ 55,3 bilhões e admite deficit de R$ 119,9 bilhões. A aprovação da meta poderia reverter bloqueio de R$ 10 bilhões em gastos da União, assinado por Dilma na sexta-feira (27).

Nesta terça, a presidente vai comandar a reunião de líderes do Congresso, de onde deve sair o nome do novo líder do governo no Senado. Até agora, o favorito é o senador Wellington Fagundes (PR-MT).

Na reunião, a presidente vai fazer um apelo para que ministros e parlamentares ajudem na aprovação da nova meta e de outras duas medidas: a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e o projeto de repatriação de recursos de brasileiros no exterior.

Reservadamente, porém, auxiliares de Dilma dizem que se darão por satisfeitos caso o governo consiga aprovar a nova meta e a DRU e já admitem que a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Orçamento devem ficar para 2016.

Cunha

Ainda na terça, o Planalto vai acompanhar os movimentos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pode deflagrar o impeachment contra Dilma caso o Conselho de Ética da Casa abra o processo para sua cassação com ajuda dos votos de deputados do PT.

Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro e suspeito de esconder contas na Suíça, Cunha fechou acordo de não agressão com o Planalto caso o PT não votasse contra ele no Conselho de Ética da Câmara. Nos últimos dias, porém, os petistas têm dado sinais de votarão contra o presidente da Casa.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.