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O ex-presidente da construtora Delta Fernando Cavendish protocolou na quinta-feira (16), no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de habeas corpus para não comparecer à sessão da CPI do Cachoeira, no dia 29. No mesmo documento, o advogado do empresário, Tércio Lins e Silva, requer que, caso não seja concedido o HC, seu cliente possa garantir o direito de permanecer em silêncio. O processo está concluso e será despachado pelo ministro Cezar Peluso, que ainda não decidiu.

Cavendish foi convocado pela CPI para que fale da relação entre sua empresa e o esquema do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A CPI já identificou que a Delta pagou diversas empresas fantasmas, que depois repassavam recursos para campanhas políticas.

A quebra dos sigilos bancários de uma das empresas fantasmas abastecidas pela Delta Construções traz indícios contundentes de que recursos da empreiteira foram usados com finalidade eleitoral. A CPI do Cachoeira analisa os repasses feitos pela Brava Construções, empreendimento montado pelo grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira e irrigado com R$ 13 milhões da Delta.

Entre os beneficiários da Brava, estão dois institutos de pesquisas eleitorais, doadores de campanha, gráficas e posto de gasolina contratados por candidatos, lideranças partidárias regionais e a mulher de um deputado estadual de Goiás. Todos os repasses foram feitos em maio, julho e agosto de 2010, véspera de eleição. Integrantes da CPI só passaram a conhecer esses dados com o envio dos últimos relatórios pelos bancos, semana passada.

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