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Centrais sindicais acusam aliados do Planalto de ‘jogar dos dois lados’

Ações dúbias da União Geral dos Trabalhadores seriam tomadas para evitar perda de apoio na base

Centrais Sindicais  em ato contra a PEC do Teto de Gastos na Avenida Paulista, no dia 11 de novembro . | Roberto Parizotti/CUT
Centrais Sindicais em ato contra a PEC do Teto de Gastos na Avenida Paulista, no dia 11 de novembro . (Foto: Roberto Parizotti/CUT)

Dirigentes de centrais da oposição consideram que tanto a Força Sindical quanto a União Geral dos Trabalhadores (UGT) têm agido de forma dúbia para evitar a perda de apoio na base em função da aproximação com o governo Michel Temer (PMDB). Eles citam como exemplo a reunião entre as entidades para a realização de uma greve geral, programada para sexta-feira passada (11).

Um sindicalista da Central Única dos Trabalhadores (CUT) disse que os presidentes da Força e da UGT chegaram a afirmar que estavam participando da reunião para sinalizar a seus associados que apoiavam o ato, mas informaram na ocasião que não iriam participar, como de fato aconteceu.

O deputado Paulinho da Força (SD-SP), presidente da Força, afirmou que na reunião ficou definido o dia 25 como o dia do ato nacional pela garantia dos direitos trabalhistas. A data, segundo ele, ficou definida entre diretores de todas as entidades, mas a CUT foi pressionada pela base a antecipar o ato.

Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), ligada ao PCdoB, mas com presença também do PDT e PT, disse ao Estadão que o alinhamento da UGT e Força com governo não tem respaldo das bases. “Vamos disputar essas bases. O trabalhador não foi consultado sobre a aproximação da Força e UGT com o governo.” Adilson afirmou que a CTB e as demais centrais também querem manter o diálogo aberto com o governo.

Críticas

Em discurso nas plenárias sindicais da Força, o metalúrgico Miguel Torres, vice-presidente da entidade, subiu o tom contra o governo Temer para evitar uma migração de sindicatos para a CUT.

“Não vamos admitir perda de direitos. O governo precisa tomar algumas providências antes das reformas, como taxar grandes fortunas, lucros e dividendos.” A CUT afirmou que já há migração de sindicatos para a sua base. Paulinho, porém, negou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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