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O chefe da Seção de Operações Especiais da Secretaria de Segurança do Supremo Tribunal Federal (STF), Aílton Carvalho de Queiroz, confirmou em depoimento na CPI dos Grampos nesta terça-feira (14) que foi encontrada uma provável escuta no tribunal durante uma varredura de rotina realizada no dia 10 de julho deste ano. O local em que foi encontrada a transmissão é usado pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, para reunião com assessores.

De acordo com Queiroz, o equipamento de varredura eletrônica apontou em nível máximo a possibilidade de escuta na sala. "No mesmo terceiro andar, mas voltado ao estacionamento comum da Câmara e do STF, quando fizemos a varredura, verificamos um sinal de radiofreqüência indicado pelo próprio manual do equipamento e que observamos como altamente suspeito". O mesmo equipamento havia sido usado no dia em outras salas e não detectou nenhum sinal.

O chefe da segurança ressalta que não foi possível traduzir o que o sinal encontrado transmitia. "Não foi possível fazer a verificação de onde vinha porque não era possível fazer a demodulação para se poder ouvir o que estava transmitindo no ambiente. A despeito de não ser possível demodular, o equipamento deu alerta máximo, de nível cinco, indicando probabilidade muito grande de um sinal no ambiente", disse.

Transmissão

Ele afirmou à CPI que não era possível garantir que a transmissão acontecia de dentro da sala do Supremo. "Só podemos dizer que alguma coisa estava sendo transmitida, mas pode ser ao redor, não precisa ser necessariamente dentro da sala". Queiroz ressaltou que não foi possível localizar o transmissor do sinal. Ele lembrou que durante a varredura havia carros de links de emissoras de televisão, que são utilizados para transmissões ao vivo.

Queiroz entregou à CPI dos Grampos uma cópia do relatório que fez dentro do Supremo. Ele afirmou à CPI que trabalha há 15 anos na área de segurança do Supremo e há três atua na chefia de Operações Especiais, que tem a missão de cuidar da segurança da comunicação dos ministros.

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