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Câmara

Chinaglia quer votar aumento dos parlamentares nesta quarta

Presidente da Câmara disse que tentará pôr tema em votação. Ele nega que esteja aproveitando foco na visita do Papa ao Brasil

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT buscar-SP), disse que tentará votar o aumento salarial dos parlamentares e do presidente da República nesta quarta-feira (9).

"Há a possibilidade de ser votado nesta quarta. Dependerá da evolução da pauta", disse.

Chinaglia convocou sessão para as 11h desta quarta para votar a única medida provisória (sobre a loteria Timemania) que ainda tranca a pauta de votações da Câmara. Ao concluir essa votação, ele espera poder aprovar o reajuste salarial durante o dia.

Chinaglia tem pressa porque a pauta volta a ser trancada por três MPs a partir de semana que vem. Para colocar o aumento de salário em votação nesta quarta bastará a aprovação em plenário de um regime de urgência para o tema.

O presidente da Câmara disse não ter receio de ser acusado de aproveitar que as atenções de boa parte da população estarão voltadas para a chegada do Papa Bento XVI ao Brasil nesta quarta para aprovar o aumento salarial. "Não temo", disse, com um pouco de irritação. Valores

As propostas de reajuste salarial foram feitas pela mesa diretora da Casa e aumentam cada salário em 28,5%, o que seria, segundo os deputados, a correção da inflação dos últimos quatro anos.

O aumento dos deputados e senadores está no projeto de decreto legislativo de número 35 e reajusta os salários dos parlamentares de R$ 12.847,20 para R$ 16.512,09.

Já o dos demais cargos está no decreto de número 36. A proposta aumenta o salário do presidente da República de R$ 8.885,45 para 11.420,21. O vice-presidente e os ministros, que ganham hoje R$ 8.362,00, passariam a receber R$ 10.748,43.

Os dois projetos ressaltam que os aumentos são retroativos ao dia 1º de abril. Chinaglia disse nesta terça que não há acordo sobre alguma mudança em relação a isso. A expectativa, segundo ele, é a de que o texto seja mantido. 91%

Quando a Câmara votar os projetos, o Congresso tentará pôr fim à polêmica do aumento salarial, depois da tentativa dos parlamentares de reajustar os próprios salários em 91% no fim do ano passado. Pressionados, os deputados recuaram e decidiram aplicar a correção da inflação.

Neste ano, Chinaglia chegou a cogitar a hipótese de equiparar os salários do presidente da República ao dos parlamentares, o que daria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um aumento de 82%. Lula criticou a sugestão. A Câmara voltou atrás mais uma vez e optou pelo aumento com base na correção pela inflação, no caso do salário do presidente.

Não se cogita, por enquanto, qualquer aumento da verba indenizatória de R$ 15 mil mensais que cada deputado tem direito para gastar com combustível, viagens, jantares, escritório político, entre outras despesas, e também da verba de gabinete de R$ 50,8 mil que o parlamentar usa para contratar assessores.

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